terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ORLA DE SALVADOR

Longe está a política deste blog। Alguns quilômetros de distância! Consideramos que a política destorce os fatos conforme a tendência e o gosto de cada um. Esse procedimento é nefasto para um blog como este que trata da cidade de Salvador como ela foi, como é e como será. Nada mais, nada menos!
 
Hoje, vamos tratar de nossa orla de um modo geral, desde Itapoâ até a Ribeira, o que significa dizer, algo em torno de 40 quilômetros e neste espaço o atual Prefeito realizou muitas obras.

Será? Vamos ver. E como se explica a baixa popularidade do cidadão? É a política que distorce os fatos ao sabor dos interesses de cada facção.

Estamos em Itapoâ (an) e temos o prazer de ver a balaustrada de tronco de árvores chegar às suas bordas, junto com passeios bem feitos, inclusive ciclovia. Antes disso, era um caos.

Na Pituba, no espaço onde funcionava o Clube Português da Bahia, a Prefeitura fez uma grande praça – Praça Wilson Lins. Tem suas limitações é verdade, mas é um lugar com muito verde e o mar está a vista. Felizmente não o esconderam como o ex-clube fazia.

Vista aérea do ex-clube Português= frente para a avenida e fundo para o mar.
Em Ondina, aquela praça horrível com uma espécie de arena – arquibancada inclusive – para prática de aeromodelismo (é verdade) e dois campos de futebol degradados, foi substituída por outra bem organizada com quadra poli-esportiva, um campo de futebol com arquibancada, sanitários, etc. e creiam, conseguiram circundar o coqueiral existente na área com uma praia artificial que se liga com a verdadeira quase sem ser percebida.Muito bem bolada!
 

Chegamos à Barra. Todos devem se lembrar da celeuma provocada pela substituição dos antigos passeios de pedra portuguesa por algo mais moderno e consistente. Consistente? Sim! A maneira como são colocadas as pedras em Salvador, não permite uma fixação confiável. As pedras se soltam fácil e os buracos deixados por elas causavam problemas de torção aos transeuntes e atletas do Cooper. Fez-se então um passeio de cimento e granito e bem mais largo. Por outro lado,os antigos passeios eram muito estreitos. Junto com as árvores plantadas ao longo dele, praticamente as pessoas vindas em sentido contrário, tinham que pedir licença para passar uma pela outra.

Nas proximidades das praias da Barra, no Chame-Chame, a Prefeitura modernizou a Avenida Centenário e da mesma forma que a celeuma dos passeios da praia, houve muita conversa sobre a tubulação do rio que ali corria. Mas que rio? Foi um rio, o Rio dos Seixos aí por volta do século XIX\XX. Quando a Prefeitura fez a obra, era apenas um canal fétido. Hoje é uma das mais belas avenidas da cidade. Até mesmo as inundações que o Chame-Chame sofria nos dias de chuva, deixaram de existir. Virava um lago desde a Praça dos Reis Católicos até o Shopping Barra.
 

Obra dos mesmos moldes está sendo realizada na Avenida Vasco da Gama com a tubulação do canal do Rio Lucaia. No local, vai passar uma linha de ônibus preferencial. Mas logo o Rio Lucaia? Antes de um julgamento definitivo, vejam uma foto de como ele é hoje. Muito pior do que o canal do Chame-Chame.

Agora a Prefeitura dirige suas vistas para a Ribeira. Seus passeios estão sendo alargados e decorados com granito, bem como as árvores estão recebendo iluminação vinda de baixo.




Por fim, junto ao chamado Largo do Bonfim, à beira-mar, onde localizava-se a antiga fábrica de beneficiamento de cacau Barreto de Araujo, está sendo construído uma grande praça com várias funções de entretenimento.



Esta postagem não estaria completa se não falássemos das antigas barracas de praia que continuam fazendo falta, independentemente de sua estética e outros fatores. Elas eram como um “Oasis” em meio ao imenso calor de nossas praias. Ninguém agüenta ficar o tempo todo exposto ao sol, apesar das sobrinhas, todas elas com limitações de cobertura.
No contexto das coisas, as pessoas mais idosas foram as mais prejudicadas. Sem condições de se expor nas praias, tinham as barracas como local de descanso e prazer. Os turistas também! São raros áqueles que se dispõem em ir direto para a praia. Após boas caminhadas, tinham nas barracas uma ótima opção de descansar. Ainda recentemente, um suíço sendo entrevistado por uma emissora de TV, manifestou esse detalhe. Ele já conhecia Salvador de outra viagem. Apropriadamente, fez a comparação. Não tem quem agüente!

Até mesmo os jovens usavam as barracas para uma cerveja mais garantida, estupidamente gelada. Agora, ficam limitados às oferecidas em caixas de isopor. Um horror e um perigo. Perigo? Por quê? Alguém já pensou onde estes isopores são guardados após um dia de trabalho? Não? Vou lhes dizer – em galpões fétidos, fundos de quintais e até mesmo nas transversais menos transitáveis, isto é, na rua. Geralmente esses lugares são o espaço de ratos, baratas e formigas. Será que antes de serem usados, eles são desinfetados? Claro que não!Ai o nosso amigo pequeno comerciante coloca o gelo no recipiente e em seguida as latinhas de cerveja. Será que essas latinhas não são infectadas? Claro que são! E depois o líquido não é consumido nelas próprias? A boca, as mãos, têm contato direto com o alumínio do produto. Este recurso de uma pequena proteção de plástico num dos seus lados, é muito pouco. Deveria envolver toda a lata, desde que o simples contato já se constitui um grande problema.
Sinseramente, não se percebia esse importante detalhe. Agora todos estão sabendo. Cuidado!

domingo, 29 de janeiro de 2012

INICIA-SE A NOVA FEIRA DE SÃO JOAQUIM

A nossa conhecida Feira de São Joaquim tem uma história bem interessante. Ela foi sucessora de outras feiras existentes nas proximidades. Pela ordem, primeiro a Feira do Sete e segundo, a Feira de Água de Meninos.

A Feira do Sete formava-se na altura do armazém número 7 do Porto de Salvador, ai por volta dos anos 1930\40 ou até mesmo antes. Segundo alguns, os comerciantes dessa feira, na sua maioria, moravam na zona do Pilar o que não corresponde com a realidade. Eles não tinham essa inclinação. Eram mais trapicheiros. Em verdade,a maior parte provinha das inúmeras hortas existentes na cidade, principalmente da antiga Rua das Hortas – hoje Baixa dos Sapateiros – e Dique do Tororó, ainda não urbanizado como conhecemos nos dias de hoje. Por outro lado, o local ficava próximo ao ancoradouro dos barcos oriundos do Recôncavo e das Ilhas. Desde o aterro da área para a construção do atual Porto de Salvador e conseqüente extinção do Cais das Amarras e Cais do Ouro restou para os saveiros unicamente este espaço onde mais tarde seria montada a Feira de Água de Meninos.

Os comerciantes sempre reclamavam da mobilidade dessa feira. Ao fim de cada tarde tinha que ser desmontada. Achavam que ela deveria ser fixa, mas o local não dava condições. Adiante, contudo, onde seria a Feira de Água de Meninos, havia melhores condições de fixação definitiva. E foi o que aconteceu gradualmente. Uma barraca aqui, outra acolá, aos poucos foi se estruturando.
 


Quando os poderes públicos tentaram uma remoção, a opinião pública e a imprensa, ficaram à favor dos feirantes. Por outro lado, razões políticas compuseram o quadro.
 
A feira de Água de Meninos se sustentou nesse local até 5 de setembro de 1964 quando foi totalmente consumida por um incêndio. No subsolo do local corria a tubulação dos tanques de gasolina das grandes empresas do ramo, localizados ao fundo. Era eminente o desastre.
 
Praticamente, no dia seguinte, grande número de feirantes se deslocou para o terreno ao lado. Facilitou o processo o tipo de material que grande parte deles usava – simplesmente tábuas, paus e lona - e em pouco tempo a feira estava funcionando normalmente. Com o tempo foi se consolidando, inclusive com construções à base de cimento e tijolo. É o que vemos hoje em dia até a inauguração no mês passado de um espaço que já estão chamando de “a nova Feira de São Joaquim".
 


Aproveitaram um galpão pertencente à Codeba e transferiram cerca de 500 feirantes da antiga feira. O restante ainda continua no antigo espaço, mas há planos para uma re-estruturação total até 2014.
E é aí que mora o perigo. A área era é muito bonita. Para se ter uma idéia, próxima à enseada, o Clube de Natação e Regata São Salvador, mantinha uma sede náutica. Este clube em certa ocasião chegou a realizar partidas de pólo-aquático na enseada com a presença de grande público que se aglomerou naquele espaço onde a Petrobrás construiu sua sede e hoje funciona o Colégio Oscar Cordeiro (!). Deveria ter o nome do verdadeiro descobridor do petróleo no Brasil, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos.
Um rápido parêntese – Este senhor fez contato com moradores do Lobato que usavam uma lama preta como combustível de suas lamparinas e fifós. Desconfiou que tratasse de petróleo. Conseguiu enviar um laudo técnico ao então Presidente da República, Getúlio Vargas, mas a resposta demorou demais. Inconformado, procurou o Sr. Oscar Cordeiro, então Presidente da Bolsa de Mercadorias da Bahia. Foi este senhor que conseguiu o contato presidencial. Ai Getulio veio à Bahia e diretamente do Hidroporto da Ribeira se dirigiu de lancha até o Lobato. Do seu lado estava o senhor Oscar Cordeiro. Enquanto isto, num hospital de Vitória de Conquista, o engenheiro agrônomo Manoel Inacio Bastos morria.
Após a sua morte, sua mulher, de posse de material irrefutável, conseguiu junto a Petrobrás o reconhecimento de seu feito e a grande empresa hoje reconhece esta autoria, sem desmerecer os esforços do senhor Oscar Cordeiro na efetivação dos contatos governamentais. 
 

Fechando este necessário parêntese, preocupa-nos a confecção do projeto do restante da feira। Antes como hoje, Salvador deu as costas para o mar। Fez isto na construção do porto। Tomou a frente do mar com seus 7 armazéns, a maioria sem nenhuma utilidade। Também fez isso no antigo Corredor da Vitória – todas as mansões do lado direito à partir do Campo Grande tinham a frente voltada para a avenida e o fundo para o mar. Só recentemente os novos e belos edifícios construídos no local em substituição às mansões, voltaram-se para o mar e se valorizaram aos milhões
Uma lição a ser aprendida e já tem seguidores como, por exemplo, as pessoas que estão comprando os imoveis de Santo Além do Carmo. Ai também os imóveis têm seu fundo voltado para o mar. Os novos proprietrários não poderão inverter a posição física dos mesmos, porquê a área é tombada, mas a funcionalidade estará dirigida para o mar. Também na Barão de Cotegipe e Luiz Tarquinio na Cidade Baixa, todas as construções deram as costas para o mar. Agora já se fala em inverter a posição dos imóveis.


Mais recentemente, tivemos o desprazer de assistir a construção de um shopping na Boca do Rio, onde funcionava o antigo e pitorresco campo de pouso de aviões, com as costas voltadas para o mar. Salvador perdeu a grande oportunidade de uma construção maravilhosa que tivesse o mar como espetáculo – os restaurantes e bares com vistas para o mar, por exemplo. Desprezaram-no e se deram mal.


Agora surge uma outra grande oportunidade de ter o mar como elemento “decorativo”. Que os arquitetos responsáveis pensem um pouco mais no assunto. Visitem a área. Sobrevoem aquele espaço ou use o Google Earth para melhor conclusão. Não escondam o mar. Aproveitem-no em prol da população como um todo. Não só os feirantes terão um melhor local para o trabalho, bem como os freguesses de um modo geral.













domingo, 22 de janeiro de 2012

VENHA RECARREGAR A BATERIA NO CARNAVAL DE SALVADOR

Ano passado tivemos oportunidade de publicar uma postagem sobre o Carnaval baiano denominado “Carnaval de Antigamente e de Hoje”, bem como uma outra sobre Siri Boia, denominada “Siri Boia – Portunus Spinimanus – em Extinção.”
No sistema há uma estatística das postagens mais lidas e o resultado é este que estamos vendo acima: a postagem sobre o Carnaval já foi lida por 2.897 leitores e a do Siri Boia por apenas 653.
Em consequência, poder-se-ia chegar a conclusão que a diversão chamou mais atenção do que o saber ou, em outras palavras, que é mais importante o Carnaval do que a extinção de uma espécie.
Mas, não é bem assim. Enquanto o assunto Carnaval – diversão – atinge praticamente todo mundo, é genérico, o caso dos siris alcança uma comunidade específica, restrita, muito embora casos como este devesse interessar a muito mais gente, desde que se trata de um problema que a humanidade vem tendo ao longo dos anos. É questão de vida ou morte! A extinção dos animais irracionais pode chegar aos racionais. Está ai o aquecimento global, o aumento dos tusnamis , o retorno das erupções de antigos vulcões e outras manifestações nada boas da Senhora Natureza.

A grosso modo, o homem é como se fosse uma bateria. Ela é usada durante muito tempo e se desgasta. É necessáro recarregá-la. Por todo ano o individuo vai gastando esta carga no trabalho ou no estudo para esse trabalho e uma das melhores recargas está nos 6 dias de Carnaval, como o baiano.
Porque especificamente “baiano”. Primeiramente, a cidade se prepara para a festa. Por exemplo, agora, está toda tomada por cartazes em postes de rua anunciando o evento. São peças dos patrocinadores , daquelas empresas que financiam a festa, desde que sem dinheiro nada se faz, ontem como hoje. E haja dinheiro!
Duvido que no Rio ou São Paulo haja qualquer anuncio nos postes, nos outdoors das estradas e das avenidas, sobre seus carnavais mais ou menos restritos aos seus sambodromos.
Não é porquê ninguém lá não tenha tido essa idéia. Tem e tiveram , mas primeiro essas cidades não comportam esse tipo de propaganda e segundo e mais importante, não tem essa empresa que queira ligar sua marca a um Carnaval sem as dimensões ao da Bahia ou Pernambuco. É perder dinheiro.

Ao mesmo tempo,nas duas principais avenidas da Salvador, a 7 de setembro que começa em São Bento no Centro e se estende até o Largo do Farol na Barra e a Oceânica que se inicia na Barra e ultrapassa os lados de Ondina, momtam-se arquibancadas e camarotes para o público assistir ao grande espetáculo, considerado um dos maiores do planeta. Antigamente, colocavam-se cadeiras e bancos na avenida. A população ainda era pequena. Hoje, são três milhões de almas.
É grande mesmo! Para começo de conversa, a extensão do desfile é de cêrca de 10 a 12 quilômetros. Enquanto isto os sambódromos de Rio e São Paulo não passam de 800 metros. Verdade que no Rio tem mais alguma coisa na Av. Rio Branco que está sendo revigorada para os festejos momescos.
A festa de Salvador dura 6 dias; começa na quinta feira e termina na quarta da semana seguinte. Não tem horário. Ainda pela manhã, já tem bloco desfiliando no Pelourinho. È outro Carnaval, parecido com o de antigamente, de fantasiados e mascarados. Suas ruas são decoradas com muito bom gosto.
Mas sem dúvida é a grande festa dos Trios Elétricos, invenção de dois baianos, Osmar Macedo e Adolfo Nascimento(Dodô). Este último era técnico em eletrônica. Assistindo a uma apresentação do músico Benedito Chaves – que utilizava um captador acoplado a um violão, teve a idéia de criar o chamado “pau elétrico” ou “cavaquinho elétrico! E nas mãos de Osmar que já tocava o tradicional instrumento, subiram num Ford 1929 e em 1950 sairam pela cidade tocando. A amplificação era feita por um alto-falante à frente do veículo.

Era assim e como é hoje?


Agora vamos ver por dentro. É quase inacreditável!




Agora, vejam outros números da grande festa:

1 bilhão: É a cifra estimada devido à geração de negócios no período.

550 mil: É o número de turistas que irão a Salvador para aproveitar a semana de folia na cidade. Destes, grande parte vem de São Paulo, mas o resto do Brasil e o exterior também contribuem.

12.616: Policiais militares foram destacados para a segurança na capital baiana. Eles estarão espalhados por pontos estratégicos e pelos circuitos do Carnaval.

2600: Policiais civis também vão participar da segurança.

1350: Sanitários químicos serão dispostos pelos circuitos da folia.

255: Horas de cobertura do evento serão transmitidas por TVs locais e nacionais.

833: Horas de diversão estão programadas. O número dá conta tanto das atrações que fazem parte dos grandes circuitos, como o Campo Grande e o Barra-Ondina, como das festas nos bairros.
São números gigantescos que poucas festas no mundo podem alcançar.
Além de tudo isto, o turista que vem a Salvador para o Carnaval, conhecerá uma cidade maravilhosa de dois andares, com uma comida toda própria e uma gente com uma habilidade de trato incomum. O baiano sabe ser hospitaleiro. Venha conhecer o elevador que liga as duas partes; seu artesanato, suas comidas; suas ilhas em magistrais passeios de escuna. Venha conhecer suas igrejas, desde aquela quase toda feita de ouro quanto a outra das fitinhas do Senhor do Bonfim; visite seus fortes que são muitos; dois deles protegem a 3ª melhor praia do mundo segundo os ingleses – Praia do Porto- não é uma proteção contra tubarões que aqui não atacam. Quando foram construídos procuravam proteger a cidade contra os invasores holandeses e franceses -hoje sem mais o que fazer, protege a beleza de seu contorno; ande pelo Pelourinho do Século XVI; Santo Antônio Além do Carmo; vá até Itapagipe conhecer a Ponta do Humaitá. De lá você verá toda a cidade de Salvador em vista esplêndida; e um pouco mais adiante na Pedra Furada de muitos restaurantes, vá comer o nosso siri-bóia, aquele mesmo, que os cientistas denominaram de Portunus Spinimanus como o qual começamos esta postagem. Ainda é possível encontrar uns grandes se Senhor do Bonfim ajudar.Tenho certeza que sim.

CARNAVAL DO ‘"AI SE EU TE PEGO’...

Todos os anos uma música se destaca no Carnaval Baiano e junto com ela vem os movimentos do corpo, principalmente pernas, braços e quadris. Verdade que nem todas provocaram comportamento corporal diferenciado. São os casos, por exemplo, de Pombo Correio de Moraes Moreira em 1972. Era só melodia.
Já “FRICOTE” de Luiz Caldas em 1985, marco zero da chamada axé music, já pedia mais movimentação corporal.
A coisa aumentou com Faraó com o Olodum, em 1987, já provocando um gingado “á lá candomblé”, contorcendo o corpo como nas reverências dos grandes salões.

Já em 1991 com Prefixo de Verão, a coisa começou a balançar mais forte. Ae,ae,ae,ae\EI, ei, ei, ei\ OÕôÕÕ.

Em 1995 o caldo engrossou com Melô do Samba (Segura o Tcham)- Muito rebolad0 com Sheila Mello e Carla Perez.

E por ai vai, entrando nisso tudo a irreverência de Durval Lélis sempre criando novos ritmos e consequentemente novas danças e rebolados. Um gênio.

Este ano, a coisa vai pegar com a tal "ai se eu te pego”. Não vai dar outra. Felizmente, na musica tem um “se”, pois do contrário iria dar muito problema. A coreografia é muito forte – contêm gestos ousados do pega-pega. O que dizer para uma criança?
Nada, diriam muitos ou “a vida é assim mesmo” ou melhor, começa assim. Uma pena!Pior são as cenas em baixo de um andredon de dterminado programa de TV liberado pela crítica até 12 anos. E o que dizer das novelas, também liberadas para esta idade. Cenas de crime, traições, mesmo sexo ou principio dele. Aí a coisa pega mais.







sábado, 21 de janeiro de 2012

CARNAVAL DOS CAMAROTES – UMA VOLTA AO PASSADO?

Parece não haver a menor dúvida que a idéia de camarote de carnaval começou no Rio de Janeiro. Muitos devem se lembrar do Camarote da Brahma na Marquês de Sapucaí, onde desfilavam desde Presidentes da República até o mais famoso desconhecido. Todos “fardados” com a camisinha da famosa cervejaria. Era o passaporte de entrada.


Apesar de famoso, não tinha o luxo que hoje se observa nos camarotes do Carnaval de Salvador. Houve um aumento de atrações inimaginável. Vejamos algumas delas:
Cine Namoro – Salão de Beleza, Tenda Isotérica, Parque de brinquedos, Backstage da Pipoca, Restaurantes, Sala de computação, Sala de massagens, Sala de ginástica, Sorveteria, Boite, Enfermaria, Serviço de segurança. "All inclusive" isto é, você pode comer e beber à vontade, mas comer de verdade desde comidas japonesas a australianas, e claro, acarajés e abarás de nossas baianas à caráter. Também pode sair uma feijoada às 3 horas da manhã ou uma maniçoba.



A cada ano inventam uma novidade. Parece que determinado camarote em Ondina oferece até “praia particular” ou quase isto. Daqui a pouco, o folião vai chegar no local de lancha ou de escuna.
Um pouco mais difícil vai ser chegar de helicóptero. Está faltando pouco! O problema não reside nos camarotes que tem espaço suficiente, uns até com quase 10.000m2. A falha é dos hoteis da Barra e da Vitória que não têm estrutura suficiente.
Verdade que já alguns de Sauipe oferecem o serviço, mas é muito longe ficar lá.

Toda esta conversa vem a propósito de uma tendência que se já se observa de "isolamento social" do carnaval baiano. Isolamento social? Sim! Algo mais ou menos parecido com o que existia antigamente com os grandes bailes dos sofisticados clubes de Salvador, como Baiano de Tênis, Associação Atlética da Bahia e Yacht Clube da Bahia.
As pessoas iam para esses clubes e ficavam lá dentro a noitre toda. As pessoas viam as outras dezenas de vezes e era para ver mesmo - Olhe, estou aqui. Não esqueça. Somos da mesma linhagem, Familia tal...
Algo parecido parece estar acontecendo com os camarotes do Carnaval de Salvador. Só a alta sociedade ou os novos ricos que podem pagar, mais as autoridades, claro, e artistas globais podem entrar e ficam lá dentro a noite toda.
Copo de uisque na mão, um petisco ali, outro acolá e na hora que Ivete ou Daniela passam, dão uma olhadela rápida. O resto dos trios que trafegam na avenida que passe rápido para não atrapalhar o som local e estério das músicas inglesas dos Beatles e Roling Stone que impregna o ambiente numa miscigenação internacional das mais admiráveis.
No dia seguinte, é só olhar nos jornais. Passado o Carnaval, na quinta feira conferir nos painés de fotos dos principais shoppings e mais adiante pesquisar nas revistas Cláudia e Contigo. Um barato!