É deveras
interessante o que acontece em Itapagipe a cada Lua Cheia ou Nova. Na vazante o
mar recua de 200 a 300 metros e se formam imensos bancos de areia. O fenômeno
pode ser observado desde a Pedra Furada no Humaitá até a Ponta da Penha, já na
Ribeira.
Se quiser
fazer um “cooper” ou jogar um futebol, há milhares de metros quadrados
para essas atividades num lugar onde, seis horas antes era mar é só armar duas traves. O tempo será marcado pelo próprio avanço do mar. Não é legal esse detalhe?
O espaço,
entretanto, é usado para a pescaria de mariscos, principalmente papa-fumo por
moradores ali residentes, principalmente dos Alagados.
Torna-se uma
atividade de cunho eminentemente socioeconômico, desde que muitas famílias se
alimentam quase que exclusivamente dos mesmos, bem como obtêm ganhos
financeiros de sua comercialização. São vendidos nas proximidades de suas
residências ou comercializados nos entrepostos especializados da cidade.
Muitos
haverão de perguntar em que momento esse fenômeno acontece na sua plenitude.
Claro!
Em dias de
Lua Cheia ou Nova, precisamente às 10 horas da manhã ou 22 horas da noite. No
dia seguinte, 40 minutos após e assim sucessivamente até que em dias de Quarto
Crescente e Minguante, o fenômeno se registra digamos pela metade e muda
o horário. Às 16 horas da tarde e às 6 horas da manhã.
- E o porquê dessa intensidade de relação aos quartos de lua? Tudo é uma questão de atração do Sol e da Lua sobre a Terra, mais precisamente da gravidade que esses astros exercem sobre a terra. É uma atração que faz com que as águas dos mares e dos oceanos avancem e recuem, conforme a posição em que os astros se encontram.
Maré vazia na Av. Beira-Mar
Maré vazia no Pôço - Aqui a natureza fez um "pôço" que, mesmo nas grandes mares de vazantes, há condições dos barcos atracarem. Na maré baixa ainda tem pelo menos um metro de profundidade. Até 1950, existia uma colônia de pescadores nesse local. Naquela época, o pôço tinha, pelo menos, 3 metros de profundidade na maré baixa.
A Lixa
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