O Brasil está vivendo um momento difícil e a maior
manifestação dessa situação são as passeatas que estão se realizando todos os
dias nas principais capitais do País. Inicialmente, os protestos foram contra o
aumento das passagens dos ônibus em algumas capitais. Foi o caso de São Paulo,
onde se iniciou. Em seguida, já no dia seguinte, os manifestantes protestavam
contra a realização da Copa das Confederações em nosso País. O alvo eram os
enormes gastos feitos pelo governo com a construção das chamadas arenas, a
maioria delas destinada a se tornarem verdadeiros elefantes brancos, após os
jogos. Muito provavelmente! Em seguida o caldo engrossou e o povo protestava
contra a corrupção e os políticos de um modo geral. Chegaram a subir a rampa da
Esplanada dos Ministérios e permaneceram em cima de sua laje por longo tempo. Será
que os cálculos de sua construção previram tamanho peso? Achamos que sim, desde
que não houve qualquer abalo.
Esplanada dos Ministérios - O povo em cima da laje
Digno de registro também foi a vaia que o público presente no Estádio Mané Garrincha deu à nossa
presidente(a). Foi constrangedor, a ponto do Presidente da Fifa pedir “respeito”
e “fair play” a uma multidão de mais de
setenta mil pessoas.
Sobre o episódio divide-se a opinião da imprensa. Uma parte
diz que o protesto do povo foi contra a
realização da Copa das Confederações em nosso País o que é contraditório, desde
que se o povo estivesse contra os jogos, não se justificaria a presença desse mesmo
povo na praça que se inaugurava em grande número, prestigiando a competição.
Outra, já é mais contundente e realista como, por exemplo, o
publicado pelo Correio Brasilisense:
“ Esse fato específico tem que ser analisado com dimensão
especial. Ele mostra que, realmente, os erros do governo passaram a ser
percebidos pela população. Foi um sinal de reprovação. Com os problemas se
avolumando, a inflação e o risco de redução da taxa de emprego, o resultado
será explosivo”, previu o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado
(GO)."
É mais ou menos essa a nossa opinião. Estamos crendo que a
vaia foi um reflexo de uma insatisfação geral contra o momento político que a
nação está passando; contra a inflação que está aí e o governo nega que ela
exista; contra as obras paralisadas; contra os 39 ministérios para atender a
interesses partidários; contra a corrupção julgada e condenada, etc. etc.
Ante os acontecimentos que estão se registrando, há de se
perguntar qual será a atitude da Fifa sobre a realização da Copa do Mundo no
Brasil em 2014? Afinal de contas, a Copa
das Confederações é um teste da capacidade de um País realizar uma Copa do
Mundo.
No quesito dos estádios o Brasil já foi aprovado, com uma exceção. A
Fifa não “ACEITOU” o nome do estádio de Brasilia como sendo chamado Mané
Garrincha. Eis a nota da ferrenha entidade:
“A entidade internacional do futebol decidiu que, durante as
competições que organizará, o nome “Mané Garrincha” não acompanhará a
nomenclatura oficial da nova arena esportiva da capital da República, que se
chamará, para a Fifa, apenas “Estádio Nacional de Brasília”. A entidade
argumenta que as competições são de “interesse internacional”. (!!!)
Estádio Mané Garrinha para o povo. Para a Fifa: Estadio Nacional de Brasilia
Como se nota, a Fifa é um entidade absolutamente insensível.
A essa altura do campeonato, estamos curiosos em saber se ela não está pensando
em suspender a Copa do Mundo do Brasil por causa das manifestações populares
que estão se realizando em diversas sedes de jogos? Poderá justificar que os
turistas que vieram assistir aos jogos estão impedidos de sair dos hotéis à
noite e correm risco de deslocação dos dias de jogos. Tomara que não! Se as
arenas que foram construídas já estão sendo consideradas verdadeiros “elefantes
brancos”, imaginem se não houver a Copa: serão tidos como autênticos dinosauros.
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