sábado, 24 de abril de 2010

ATERROS DO COMÉRCIO – E COMO ERA ANTES

Em 1/12/09, tivemos ocasião de fazer uma postagem sobre os aterros do Comércio. Vamos rever seus principais tópicos:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009
ATERROS DO COMÉRCIO
Quem conhece o Comércio nos dias de hoje, pode se surpreender ao saber que, antigamente, o mar chegava à porta onde é hoje, por exemplo, o Plano Gonçalves e imediações. Prova disso tivemos alguns anos atrás, quando uma tubulação de água ou esgoto estourou bem em frente ao referido elevador. Fizeram um buraco de cerca de 5 metros de profundidade. Logo após a camada de asfalto, só havia areia e entre seus grãos vestígios de conchas e mais conchas.

A partir de 1777 com extensão até 1801; desse último ano até 1860 e daí até 1894, iniciaram-se diversos aterros no Comércio, culminando com o da construção do porto de Salvador em 1912.


Um dos últimos aterros – Do Porto.

A melhor representação que fizemos de como era essa parte da cidade antes dos referidos aterros, foi feita da seguinte maneira:


O mar chegando às bordas do morro

É aquela velha história de “quem não tem cão caça com gato”. Que jeito? Mas agora, eis que nos chega às mãos através do amigo Sérgio Neto, uma representação de como era Salvador antes dos aterros. É magnífica! Não poderia deixar de registrá-la. A autoria é do Sr. Rubens Antônio, a quem parabenizo.




O referido senhor fotografou uma parte importante da Cidade Baixa. Ela alcança até Itapagipe. De posse desse panorama, foi feita a excepcional simulação. Salvador, ao tempo do descobrimento, devia ser mais ou menos assim!

À respeito, o Profesor Lamdim da Faculdade Federal da Bahia em seu blog geologiamarinha.blospot.com comentou o que segue:

"Estas modificações se intensificaram principalmente a partir do século 20, de modo que hoje a maior parte das paisagens costeiras que integram nossos cartões postais são na realidade, criadas pelo homem, ou seja nossas costas já não podem ser consideradas simplesmente como modificadas pelo Homem. O mais correto portanto é dizer que nossas costas foram criadas pelo homem, ou seja, são antropocostas, ou antrocostas."

É uma verdade!

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