Quando se era menino de Itapagipe, lá pela década de 1940, pegava-se uma canoa a remo ou à vela e se ia até a Enseada do Cabrito, à direita de Plataforma, a fim de se tomar banho de cachoeira. Verdade! Havia ali uma cachoeira, belíssima que chamávamos "Cachoeira do Rio do Cobre”.
Já dentro da Enseada ouvindo o seu som, ainda tínhamos muito caminho a percorrer até chegamos a ela. Eram caminhos de manguezais que afloravam até ao meio do mar, como se fosse um rio caprichosamente sinuoso. Nas suas margens centenas de caranguejos corriam assustados. Não estávamos afins deles. Queríamos tomar banho de cachoeira. Esse o grande objetivo e à medida que nos aproximávamos, o som da grande queda, da maravilhosa queda d’água, crescia aos nossos ouvidos. A água se tornava marulhenta na sua superfície. Era o sinal de sua proximidade encantadora. Por fim ela que abraçávamos com nossos braços juvenís e empinávamos o peito para que nos tocasse.
Hoje, não mais existe a Cachoeira do Rio do Cobre que desaguava na Enseada do Cabrito. Também não existe mais o manguezal que a protegia e a escondia dos curiosos. Por cima dela passou a Avenida Suburbana e chegaram as palafitas dos Alagados. Seu curso foi desviado e se algum restígio de água doce ainda chega naquele mar, é quase imperceptível. Restou a lembrança que agora se faz de sua existência. Esta ninguém passa por cima. Continua marulhando.
Já dentro da Enseada ouvindo o seu som, ainda tínhamos muito caminho a percorrer até chegamos a ela. Eram caminhos de manguezais que afloravam até ao meio do mar, como se fosse um rio caprichosamente sinuoso. Nas suas margens centenas de caranguejos corriam assustados. Não estávamos afins deles. Queríamos tomar banho de cachoeira. Esse o grande objetivo e à medida que nos aproximávamos, o som da grande queda, da maravilhosa queda d’água, crescia aos nossos ouvidos. A água se tornava marulhenta na sua superfície. Era o sinal de sua proximidade encantadora. Por fim ela que abraçávamos com nossos braços juvenís e empinávamos o peito para que nos tocasse.
Estuário do Rio do Cobre
Hoje, não mais existe a Cachoeira do Rio do Cobre que desaguava na Enseada do Cabrito. Também não existe mais o manguezal que a protegia e a escondia dos curiosos. Por cima dela passou a Avenida Suburbana e chegaram as palafitas dos Alagados. Seu curso foi desviado e se algum restígio de água doce ainda chega naquele mar, é quase imperceptível. Restou a lembrança que agora se faz de sua existência. Esta ninguém passa por cima. Continua marulhando.
Enseada do Cabrito bem definida
amigo... não sei se referimos ao mesmo local. Mas ali onde tem a Embasa, adentrando uma rua que liga aqueles conjuntos de casas de 2 andares na suburbana ao bairro de Pirajá... logo após a Embasa, subindo, ouve-se um som de uma cachoeira ali... Não consigo ver porque tem uns casebres na frente.
ResponderExcluirQualquer coisa posso da mais detalhes
meu e-mail é alencar2@gmail.com