Nesses dias momescos este blog vinha tratando de Carnaval. É como se fosse uma pausa. Já o fizemos o ano passado com uma matéria que até hoje é a mais lida quando abordamos o Carnaval de hoje e antigamente. Este ano centramos nossa atenção nos camarotes do Carnaval de Salvador, considerados como uma grande referência de nossa festa, junto com os abadás.
Poderíamos ter falado na libertação de alguns blocos que resolveram desfilar sem o aprisionamento das cordas, mas não sentimos firmeza na medida. Pareceu-nos uma decisão como que “amedontrada” para que algo de ruim não acontecesse. De uma certa maneira, o povo estava sendo descriminado, inclusive com a redução à níveis ínfimos, do seu espaço de ficar e de brincar. Estava lhe restando meio metro de asfalto e os passeios.Consequentemente, mais cedo ou mais tarde, a coisa iria explodir, não sabemos de que forma, mas que ia explodir não temos a menor dúvida.
E antes que se chegue nesse patamar, seria bom que se pensasse mais no assunto para o próximo Carnaval, desde que continua um disparate. Enquanto os blocos de trios se formam organizados – todos os componentes devidamente fantasiados (com restrição) com seus abadás e outros adereços, o bloco de rua, poderíamos assim chamar, ou o bloco “pipoca”, ou melhor “pipocão” desde que se agigantou para todos os lados, se apresenta com seus componentes vestidos com sua bermuda e camisa normais, como se fosse um dia qualquer e não um Carnaval que sempre exige algo mais diferenciado, mais colorido e até espalhafatoso.
Em sendo assim, estamos sugerindo que no próximo ano, os componentes do bloco pipocão” saiam às ruas devidamente fantasiados – ou seja qualquer fantasia – qualquer coisa diferente do usual – pode ser o vestido da irmã, a pijama do papai, a máscara, o pierrot, a colombina, o palhaço, tudo enfim que caracteriza uma mudança com reflexos na voz, no olhar, no andar, no correr, próprios dos carnavais, como se faziam no passado e ainda hoje em algumas cidades do interior.
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