Quem hoje vive nas grandes e médias cidades é quase
impossível viver sem um celular. Verdade que ainda tem determinadas pessoas que
se dizem contra o seu uso, mas seus argumentos são absolutamente
inconsistentes. Quando assim agem, estão indo contra o que seja o poder de
comunicação entre as pessoas e às necessidades da vida moderna. Nesse sentido,
vale contar a história de pessoa de nossa relação que, saindo para jantar com
alguns amigos em lugar longe de seu apartamento, lembrou-se ter deixado os
janelões da varanda abertos. Ai começou a chover. – Deixei a janela do meu
apartamento aberta, vai molhar tudo, inclusive o tapete da sala. Você podia me
emprestar seu celular. Vou ligar para o meu filho. Ele mora no mesmo prédio e
tem a chave do meu apartamento como também tenho o dele. Ligou. - Filho acho
que deixei a janela da varanda aberta e começou a chover forte. Vai molhar tudo.
Você poderia dar um pulo lá e fechá-la? Muito obrigado. – Não se preocupe pai.
Vou subir agora. Em seguida devolveu o celular. Obrigado, não tolero celular,
mas numa hora dessa tenho que usar essa coisa.
Essa e outras situação acontecem a todo o momento. Uma pane
num caro à noite numa rua deserta longe de casa. Como ligar para o seguro? O
local não tem nenhum telefone público. Há risco de assalto. O bairro é
perigoso.
Mas vamos ser mais reais. Uma historia verdadeira com minha
esposa. Saindo do Barbalho onde fora visitar a irmã, ao dirigir-se para a casa
encontrou o acesso ao Dique via Barra fechado em razão das obras da Fonte Nova.
Teve que pegar a Bonocô. Ao seu final, em vez de seguir à direita foi em frente
e caiu na BR 324. Não tem jeito: têm-se que ir até a Brasil Gás e procurar o
retorno. Não o encontrou. Foi parar em Dom Avelar às 9 horas da noite. Aí
pareceu um anjo salvador. Uma família passava de carro pelo local e percebendo
a aflição da minha esposa se prontificou a guiá-la até a Barra. Antes teve que
parar num posto para abastecer o carro do rapaz que estava com pouca gasolina. Se
tivesse com o celular que sempre esquece em casa, tão logo acessou a BR 324
teria ligado para casa para receber orientação. Correu sério risco de ser
assaltada ou algo pior.
Visto isto, vamos imaginar uma época em que pouca gente tinha um telefone, mesmo em casa. Uma ligação suburbana levava um dia para ser completada. Tinha-se que ir ao Campo da Pólvora na sede da Tele Bahia. Custava uma nota. Quando melhorou a comunicação, mas ainda precária, a posse de um telefone fixo rodava pela casa dos cinco a dez mil reais atuais. Era uma riqueza.
De relação ao celular, só entre 1995 e 1996 passou a ser usado. Quem o tinha se mostrava, Era um orgulho!
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