Naquele tempo pouca gente tinha
carro. Andava-se de bonde. Era muito comum se vê um professor de uma
Universidade, um médico, um advogado sentado junto ao mais humilde dos
moradores do bairro. Também era normal
qualquer senhora da sociedade portar todas as suas joias. Não se tem
conhecimento de nenhum assalto. Também andavam pelas ruas sem nenhum receio. Hoje
em dia, estão levando até aliança. Comenta-se que os homens eram obrigados a
usar paletó, gravata e chapéu. Não fui mais dessa época. Deve ter sido dos anos
1800 ao tempo das chamadas gôndolas ou diligências, puxadas a cavalo.
Agora, vejam esta foto. É um
bonde lotado. Este é do Rio, mas em Salvador era a mesma coisa. Como o cobrador
poderia fazer 100% da cobrança devida? Não tinha como, nem mesmo sendo
malabarista. Em verdade, muita gente não pagava, inclusive aquele que o
cobrador apontava e ele afirmava que “já havia pago” e a senhora ao lado
confirmava, desde que ela também não tinha pago. Era muito comum.
Todos os bondes tinham uma
numeração para orientação da população. Em Itapagipe o 18 era Ribeira via Luiz
Tarquinio; o 19 Ribeira via Dendezeiros e o 20 Ribeira via Caminho de Areia.
Todos, chegados ao Largo de Roma, se dirigiam pela Rua Barão de Cotegipe. A Av.
dos Mares (Fernandes da Cunha) nunca foi
usada para bonde.
De relação aos ônibus somente em
1955 eles começaram a circular. Fez-se a Av. dos Mares e o Caminho de Areia foi calçado.
Um bonde em Salvador - Já bem velhinho
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