quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CARNAVAL DA BAHIA – MILHÕES NA FOLIA...ENQUANTO ISTO!

Faz pouco tempo que a Prefeitura inaugurou a nova Praça de Ondina, aquela ao lado do flat e próxima ao Hotel Othon.
 
No local onde ficavam as antigas barracas, fez-se como que uma extensão da praia. Os coqueiros que antes ficavam entre as barracas dando-lhe sombra, hoje como que fazem parte da própria praia.
 
As obras, do que resultou essa praça, levaram mais de 1 ano. À frente do espaço os construtores montaram uma barreira de compensados que escondia totalmente a praia.
 
Surpreendentemente, há pouco mais de 1 mês a referida barreira de compensado foi de novo levantada e julgávamos que mais alguma coisa estava sendo feita na referida praça, melhorando-a.
Ledo engano! O “fechamento” estava ocorrendo para que fosse levantado no local um mega camarote para o Carnaval, um dos maiores que já se construiu em todos os tempos. Vejam as primeiras fotos do mesmo:



É algo em torno de 100 metros de frente por 70 de fundo, desde que abarcou todo o espaço da praça, inclusive seus equipamentos esportivos, restaurante, livraria, etc. etc.
 
Em conseqüência, os freqüentadores habituais da referida praia, principalmente os moradores das proximidades, estarão impedidos de freqüentá-la por cerca de 2 meses ou mais, desde que após o Carnaval a estrutura ainda deve permanecer no local por muitos dias, afora os trabalhos de limpeza e reconstituição dos estragos provocados por furos no chão e outros procedimentos técnicos.



O fato já gerou uma manifestação popular no local com o slogan de “DESOCUPA”, e na esteira dos protestos diversas denuncias. A primeira delas, dizia respeito à taxa de ocupação do espaço pelo mega camarote, Teria sido cobrada apenas R$5.00 por metro quadrado, enquanto o camarote de Daniela Mercury na Barra teria pago R$42.34 m2, apesar dos dois espaços (Barra e Ondina) se equivalerem em valor territorial.
 
A segunda denuncia parece mais grave. Esses grandes camarotes pagam à Prefeitura uma determinada taxa no valor de R410.34. Aé ai, tudo bem! Acontece, portém, que, a barraquinha de cachorro quente ou o isopor das cervejas, pagam o mesmo valor.
 
Ainda na esteira dos protestos, comentou-se muito o fato de a Prefeitura bancar sozinha as despesas do Carnaval, enquanto os blocos ganham milhões e lhe são cobrados impostos irrisórios.
 
Evidentemente que isto não está certo.Tomemos como exemplo a realização das Olimpiadas em determinados países. As despesas com sua realização são bancadas totalmente pels iniciativa privada, bem como outros eventos de menor importância, um Carnaval por exemplo, uma batalha de tomate, uma corrida de touro.

Ainda há um agravante muito sério. Os blocos, os camarotes, etc. etc. são parocinados por empresas. Quase todos eles! Em consequência, a Prefeitura encontra dificuldades em vender as cotas de patrocinio a essas mesmas empresas, desde que ela encontram mais visibilidade (retorno) nas luzes e sons esfuziantes dos Trios Elétricos e camarotes.

Além do mais, em razão dessa concorrência, o valor das cotas da Prefeitura se tornam baixas, em se tratando de um dos maiores espetáculos da Terra.

Um comentário:

  1. É muita estrutura. E a velocidade com que tudo é montado e desmontado é impressionante. Nunca frequentei o carnaval. Não obstante me admirar com essa outra Salvador que surge e desaparece, em fevereiro restando, somente, lembranças...

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