No próximo dia 12 a Bahia faz mais uma lavagem do Bonfim, a grande festa de caráter religioso, apesar de a Igreja Católica não reconhecer como tal. Acham os seus dirigentes tratar-se de uma manifestação pagã que não se coaduna com os princípios eclesiásticos, no rigor da palavra, principalmente em razão do envolvimento de adeptos do candomblé no evento.
Em razão dessa interpretação, a Igreja do Bonfim, principal razão da grande festa, permanece fechada durante todo o tempo da lavagem. A situação pode ser comparada com o convite para uma festa onde os convidados se preparam devidamente, vestem suas melhores roupas, compram presentes e ao chegar ao local do evento, encontram-no fechado.
Muitos haverão de argüir que a Lavagem do Senhor do Bonfim é diferente. O povo já sabe que a igreja estará fechada quando alçar a colina. Tudo bem. O povo baiano sabe disso há várias décadas, mas, o turista que nos visita pela primeira vez – são milhares – desconhece o fato. Muitos deles, inclusive, devem reservar esse dia para conhecer a igreja, chegar perto do Santo, fazer sua oferenda na Sala dos Milagres, essas coisas próprias de quem vai ao Senhor do Bonfim. O que dizer aos nossos visitantes?~
Nada ou simplesmente dizer, a festa é assim mesmo, lavam-se os dez degraus do templo, prende-se uma fitinha no seu gradeado, toma-se um banho de cheiro e uma chuva de pipoca, come-se um acarajé, bebe-se uma cerveja e retorne a sua terra certo que o Senhor do Bonfim estará lhe protegendo. Como ele é? Simplesmente compre um postal colorido numa das lojas do arco e haverá de saber.
E viva a tradição! Aliás, até que houve algum progresso de relação ao “mandamento número 3” da Cúria de Salvador, datado de 28 de janeiro de 1948: “Fica proibida qualquer espécie de lavagem nos templos eclesiásticos, mesmo que simbólicas, antecipadas de cortejos carnavalescos, às vésperas de qualquer festividade religiosa nas paróquias, igrejas, reitorias e capelas. Salvador, 28 de janeiro de 1948".
Caso fosse respeitado na íntegra, até mesmo o simbolismo da lavagem dos degraus não poderia acontecer.
Em razão dessa interpretação, a Igreja do Bonfim, principal razão da grande festa, permanece fechada durante todo o tempo da lavagem. A situação pode ser comparada com o convite para uma festa onde os convidados se preparam devidamente, vestem suas melhores roupas, compram presentes e ao chegar ao local do evento, encontram-no fechado.
Muitos haverão de argüir que a Lavagem do Senhor do Bonfim é diferente. O povo já sabe que a igreja estará fechada quando alçar a colina. Tudo bem. O povo baiano sabe disso há várias décadas, mas, o turista que nos visita pela primeira vez – são milhares – desconhece o fato. Muitos deles, inclusive, devem reservar esse dia para conhecer a igreja, chegar perto do Santo, fazer sua oferenda na Sala dos Milagres, essas coisas próprias de quem vai ao Senhor do Bonfim. O que dizer aos nossos visitantes?~
Nada ou simplesmente dizer, a festa é assim mesmo, lavam-se os dez degraus do templo, prende-se uma fitinha no seu gradeado, toma-se um banho de cheiro e uma chuva de pipoca, come-se um acarajé, bebe-se uma cerveja e retorne a sua terra certo que o Senhor do Bonfim estará lhe protegendo. Como ele é? Simplesmente compre um postal colorido numa das lojas do arco e haverá de saber.
E viva a tradição! Aliás, até que houve algum progresso de relação ao “mandamento número 3” da Cúria de Salvador, datado de 28 de janeiro de 1948: “Fica proibida qualquer espécie de lavagem nos templos eclesiásticos, mesmo que simbólicas, antecipadas de cortejos carnavalescos, às vésperas de qualquer festividade religiosa nas paróquias, igrejas, reitorias e capelas. Salvador, 28 de janeiro de 1948".
Caso fosse respeitado na íntegra, até mesmo o simbolismo da lavagem dos degraus não poderia acontecer.
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