No contexto da Praça Castro Alves, a primeira construção
feita no local foi o Teatro São João. Ainda não existia a estátua de Castro
Alves no local, dai a praça ser chamada de Largo do Teatro ou Praça de São
Bento, devido a proximidade com o a igreja São Bento, em cima da ladeira. Sua consrução deu-se no governo de João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes Brito, Sexto Conde da Ponte (1805-1809). Começou a funcionar em 1808. Algumas fontes informam que, em verdade, o teatro começou a funcionar em 1812.
Teatro São João -Gravura de autoria de Diognes Rebouças
Teatro São João em sua plenitude.
No local existia uma estatua dedicada a Cristóvão Colombo,
dentro de um chafariz que era conhecido como Chafariz de Colombo. São
desconhecidas as razões da referida instalação. Posteriormente, a estatua foi
instalada numa Praça no Rio Vermelho e o chafariz acha-se abandonado na Av. Garibaldi, segundo últimas
informações. De relação à estátua do descobridor da América nem o próprio
Estados Unidos conhece o assunto.
Mas vamos retroceder ainda mais no tempo. No século 16 a praça
era conhecida como Porta de São Bento da fortaleza que envolvia o núcleo da Cidade do Salvador.
No início do século 19, o local ainda era chamado de Portas de São Bento, até a
construção do Theatro São João,
em 1812, quando passou a ser chamado de Praça de São Bento, depois, Largo do
Theatro.
Finalmente, vamos falar da estátua de Castro Alves, grande marco
da cidade de Salvador.
"O monumento mede 6,80m e a
estátua de bronze do poeta mede 2,34m de altura. De um lado da coluna, há um
grupo em bronze, com 2,16m representando um anjo em posição de vôo, a levantar
uma mulher escrava pelo braço, erguendo-a à altura.
Do outro lado da
coluna, encontra-se um livro aberto com uma espada atravessada, tendo em letras
douradas o seguinte verso: Não cora o sabre de ombrear com o livro.
Em placa de
mármore, numa das faces da base, lê-se: A Bahia a Castro Alves.
Em 1971, por
ocasião do centenário de morte do poeta, seus restos mortais foram transferidos
do cemitério do Campo Santo para o monumento que, assim, passou também a ser
túmulo de Castro Alves”.
Nasceu na fazenda Cabaceiras,[1] a
sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de
"Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão,
motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso
mais inspirado poeta condoreiro. |
Nasceu na fazenda Cabaceiras,[1] a
sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de
"Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão,
motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos".
O nome Kursaal em alemão, como era conhecido o
referido cinema, significa cassino. Por uma grande coincidência, mais tarde
começou a funcionar no fundo do cinema o Tabaris Night Clube, praticamente um
cassino. Durou até o ano de 1968 quando se tornou apenas uma arremedo soturno
do que outrora foi.
Cinema Guarani também conhecido como KURSALL (cassino)
No lugar onde foi instalado o Kursall (Hoje Cinema Glauber Rocha) - antigo Guarany, existia uma mansão com uma bela alameda, aliás, um grande alameda. Árvores de grande porte por todos os lados. Acreditem!
Mais ou menos, na mesma época, foram construídos os
edifícios do jornal A Tarde (1928-1930) e da antiga Secretaria de Agricultura,
completando o conjunto de edificações da Praça Castro Alves. No que se refere
especificamente ao edifício da Secretaria da Agricultura é importante salientar
que o mesmo substituiu um ponto muito
interessante que antes era exercido pelo Teatro São João que foi destruído por
um incêndio. Ele era esquina da porta Sul da antiga cidade de salvador. Na
parede do prédio existe uma placa indicativa do fato.
Do outro lado a indicação da tradicional esquina era o
edifício do jornal A Tarde. O espaço que abrigava, até o século XVIII, as
portas de Santa Luzia, pertencente aos antigos muros de defesa de Salvador,
quedou desfigurado com o sinistro [incêndio] que se abateu sobre o velho Teatro
São João. A Praça Castro Alves impunha-se, entretanto, como espaço carregado de
significado na imagem da cidade daqueles tempos, como ainda continua, de
maneira diversa, metamorfoseada em palco das “ruidosas manifestações populares”.
Era o portal de entrada de uma das ruas mais sofisticadas da Cidade da época, a
Rua Chile. Tinha restado, então, somente como marco definidor da praça do poeta
maior, o velho Kursaal, depois Cinema Guarany, que o Cavaleiro Filinto Santoro
legou à Cidade do Salvador, mas cujos ventos da modernização acabaram por
apagar sua feição original bastante peculiar. Para recompor a dignidade do
antigo logradouro foi edificado no local do desaparecido teatro, o antigo
prédio da Secretaria de Agricultura e um degradado sobrado foi demolido para
dar lugar ao Edifício A Tarde, ambos afiliados ao Déco. Fundado em 1912, o
Jornal A Tarde, ainda incipiente, deambulou por alguns locais da cidade.
Antes
de ter sua sede instalada na Praça Castro Alves, ocupou imóveis nas ruas da
Preguiça e Santos Dumont, no Comércio, local que escapou por pouco dos efeitos
de um grande incêndio ocorrido nas imediações. O jornal foi crescendo e, com a
necessidade de receber novo maquinário, de maior porte, de modo a propiciar a
circulação de um jornal moderno, para a época, foi adquirido, em 18/4/1928, um
terreno
SECRETARIA (HOJE PALÁCIO DOS ESPORTES)
O edifício atual é projeto e construção da
famosa firma E. Kemnitz & Cia. Ltda.5 , que muitas obras e projetos fez, em
diversas partes do Brasil, Os subsolos e os dois primeiros pavimentos eram
ocupados pelo jornal, assim como o primeiro andar, no qual ficavam a
administração e a redação. Do segundo ao quarto andares encontravam-se
consultórios médicos, odontológicos, escritórios de advocacia, negócios e
escritórios de engenharia, como o da famosa Companhia Construtora Norberto
Odebrecht. O quinto e o sexto andares eram ocupados por certo hotel (Hotel
Wagner), desde os primeiros tempos, o que determinou um tipo de ocupação
extremamente eclético para o edifício. Merece destacar o fato de que o último
andar constituía-se, na composição da fachada, como uma espécie de andar ático,
uma reminiscência, sem dúvida, do classicismo
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