Fazem quase dois anos que por motivo de saúde, não ia à
praia. Questão de locomoção! Dependia de uma pessoa para chegar perto de alguma praia e elas estão perto de minha residência. Menos mal até
ai, talvez nada demais.
As verdadeiras agruras
começam quando se chega à própria praia. Estamos numa cadeira de roda comum;
rodas finas que penetram fácil naquela areia. Mas aí vem a primeira surpresa:
inventaram uma cadeira de rodas abauladas e largas. Não afundam na areia. É a
primeira grande novidade.
Quando chegam na beirada do mar, vem a segunda novidade: a
cadeira flutua com você ainda sentado. É
uma sensação um tanto estranha, mas ai você já está praticamente dentro do mar.
Dois profissionais seguram-me pelos braços. Tudo bem, perguntam? Você ensaia um sorriso de aprovação, mas a verdade
é que você se sente como que flutuando. Leva alguns minutos essa sensação. Posso nadar, pergunto?
Após aprovação nado cerca de 10 metros. Não arrisco mais. Tenho que voltar. Volte,
você é um bom nadador e ai a cadeira flutuante já está ao seu lado para conduzi-lo
até a praia são e salvo daquela aventura marina.
Fui um bom nadador: inveterado mergulhador; jogador de polo
aquático; presidente da Federação Baiana de Natação e professor de natação por
cerca de 10 anos. Talvez o meu depoimento possa ter certa importância. Fiz questão
de fazê-lo como forma de agradecimento a esse grupo maravilhoso de profissionais,
homens e mulheres do mar, da areia, do céu, no cenário de sua operação.
Claro que voltarei outras vezes, principalmente após as
pesquisas na Internet. Vi um cadeirante do mar mergulhando em meio a um universo
de corais. Claro que levarei meus tubos de ar comprimido. Está criado um novo
esporte. Falta lhe dar um nome.
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