Uma das razões da criação desse blog foi a serie de erros cometidos por diversos historiadores de nossa cidade de relação a história da cidade de Salvador. Ao longo de nossas postagens citamos alguns e em todas as citações fizemos questão de não designar seu autor. Corrigiamos o erro, mas não dizia sua autoria. Lembramo-nos de um, quando determinado historiador fez referência à construção da Igreja dos Mares. Dizia ele que o principal responsável pela construção dessa belíssima igreja foi o padre Francisco Aires de Almeida Freitas. Em verdade, o nome do reverendo era Anísio Aires Esteves e o homem era cônego e não padre. Repetimos: Cõnego Anísio Aires Esteves. Mas isto é algo sem importância! Não é. Se formos aceitar a troca de nomes de outros feitos, vai ser um caos. Por exemplo, Pedro Álvares por Francisco Alves ou Catharina Paraguaçu por Marina Paraguacçu.. A própria história de Caramuru é uma invenção, feita 271 anos depois do naufrágio.
Feita pelo Frei José de Santa Rita Durão quando publicou o poema épico Caramuru. Pura lenda a qual de tanta ser contada tornou-se uma referência histórica, quase uma verdade. Qualquer criança brasileira sabe quem é Caramuru, mas desconhece quem é Diogo Álvares Correia.. Transcrevemos na íntegra o que escrevemos numa de nossas postagens
“Pura lenda a qual de tanto ser contada, tornou-se uma referência histórica, quase uma verdade. Tem gente que diz, peremptoriamente, que “Caramuru naufragou nas costas da Bahia em 1510”. Quem naufragou foi Diogo Álvares Correia. A invenção de Caramuru é inverossímel e precisa ser contida. Atirou num pássaro que passava perto. Tornou-se o “homem trovão” por causa desse “feito”. O elmo que teria se vestido para combater os índios inimigos comandados pelo cacique Sergipe é de uma ingenuidade assustadora. O homem estava naufragando. Não podia estar munido com espingardas atiradoras à prova da água do mar e tivesse ele um elmo; certamente que teria afundado nos mares bravios do Rio Vermelho. A coisa é pesada!”
E há outras coisas dramáticas, por exemplo,: “Na partida do litoral brasileiro, ocorre a cena mais famosa de Caramuru: jovens indígenas apaixonadas pelo "filho do trovão" nadam em desespero atrás do navio, suplicando que o herói não se fosse. Em certo momento, já debilitadas resolvem retornar à terra. Uma indígena, entretanto, prefere morrer a perder de vista o homem branco. É Moema, que vai perecer tragada pelas ondas:
Perde o lume dos olhos, pasma e treme, pálida a cor, o aspecto moribundo, com a mão já sem vigor, soltando o leme, entre as salsas* escumas desce ao fundo:Mas na onda do mar, que irado freme, tornando a aparecer desde o profundo: "Ah! Diogo cruel!" disse com mágoa e sem mais vista ser, sorveu-se n'água. "
Mas tem coisas hilárias como, por exemplo:
"Ela é sem dúvida uma moça branca: Paraguaçu gentil (tal nome teve), Bem diversa de gente tão nojosa, De cor tão alva como a branca neve, E donde não é neve, era de rosa; O nariz natural, boca mui breve, Olhos de bela luz, testa espaçosa."
Isso vem a propósito quando uma revista que aos domingos vem anexo ao Jornal A Tarde, publicou uma reportagem com o título Cidade Perdida. Já o título nos surpreende. Salvador pode estar como estiver, mas ainda não desapareceu. Em seguida, faz-se referência que Diogo Álvares Correia, o Caramuru, teria se estabelecido entre o Farol da Barra e o Porto da Barra. É sabido por todos, desde que é unanimidade, que Diogo Álvares Correia se estabeleceu nas cercanias da atual Graça. Era lá que os Tupinambás tinham a sua sede. Foi lá que Catharina Paraguaçu, mandou construir a sua igreja e nas horas de lazer, banhava-se numa fonte nas proximidades. Verdade que não se pode negar que Caramuru conhecia a área de praia entre o Porto e o Farol, bem como o Rio Vermelho onde naufragou. Possivelmente, caminhava pelas margens do Rio dos Seixos que desembocava perto do atual Morro do Cristo. Os índios pescavam nesses lugares, mas não se tem referências que tenham formado uma “vila híbrida” com características indíginas e cristãs Definição de “híbrido”: “Híbrido designa uma produção genética entre duas espécies vegetais ou animais distintas, que geralmente não podem ter descendência devido aos seus genes incompatíveis. A mula, por exemplo, é um híbrido de jumento com cavalo e é totalmente estéril.
Feita pelo Frei José de Santa Rita Durão quando publicou o poema épico Caramuru. Pura lenda a qual de tanta ser contada tornou-se uma referência histórica, quase uma verdade. Qualquer criança brasileira sabe quem é Caramuru, mas desconhece quem é Diogo Álvares Correia.. Transcrevemos na íntegra o que escrevemos numa de nossas postagens
“Pura lenda a qual de tanto ser contada, tornou-se uma referência histórica, quase uma verdade. Tem gente que diz, peremptoriamente, que “Caramuru naufragou nas costas da Bahia em 1510”. Quem naufragou foi Diogo Álvares Correia. A invenção de Caramuru é inverossímel e precisa ser contida. Atirou num pássaro que passava perto. Tornou-se o “homem trovão” por causa desse “feito”. O elmo que teria se vestido para combater os índios inimigos comandados pelo cacique Sergipe é de uma ingenuidade assustadora. O homem estava naufragando. Não podia estar munido com espingardas atiradoras à prova da água do mar e tivesse ele um elmo; certamente que teria afundado nos mares bravios do Rio Vermelho. A coisa é pesada!”
E há outras coisas dramáticas, por exemplo,: “Na partida do litoral brasileiro, ocorre a cena mais famosa de Caramuru: jovens indígenas apaixonadas pelo "filho do trovão" nadam em desespero atrás do navio, suplicando que o herói não se fosse. Em certo momento, já debilitadas resolvem retornar à terra. Uma indígena, entretanto, prefere morrer a perder de vista o homem branco. É Moema, que vai perecer tragada pelas ondas:
Perde o lume dos olhos, pasma e treme, pálida a cor, o aspecto moribundo, com a mão já sem vigor, soltando o leme, entre as salsas* escumas desce ao fundo:Mas na onda do mar, que irado freme, tornando a aparecer desde o profundo: "Ah! Diogo cruel!" disse com mágoa e sem mais vista ser, sorveu-se n'água. "
Mas tem coisas hilárias como, por exemplo:
"Ela é sem dúvida uma moça branca: Paraguaçu gentil (tal nome teve), Bem diversa de gente tão nojosa, De cor tão alva como a branca neve, E donde não é neve, era de rosa; O nariz natural, boca mui breve, Olhos de bela luz, testa espaçosa."
Isso vem a propósito quando uma revista que aos domingos vem anexo ao Jornal A Tarde, publicou uma reportagem com o título Cidade Perdida. Já o título nos surpreende. Salvador pode estar como estiver, mas ainda não desapareceu. Em seguida, faz-se referência que Diogo Álvares Correia, o Caramuru, teria se estabelecido entre o Farol da Barra e o Porto da Barra. É sabido por todos, desde que é unanimidade, que Diogo Álvares Correia se estabeleceu nas cercanias da atual Graça. Era lá que os Tupinambás tinham a sua sede. Foi lá que Catharina Paraguaçu, mandou construir a sua igreja e nas horas de lazer, banhava-se numa fonte nas proximidades. Verdade que não se pode negar que Caramuru conhecia a área de praia entre o Porto e o Farol, bem como o Rio Vermelho onde naufragou. Possivelmente, caminhava pelas margens do Rio dos Seixos que desembocava perto do atual Morro do Cristo. Os índios pescavam nesses lugares, mas não se tem referências que tenham formado uma “vila híbrida” com características indíginas e cristãs Definição de “híbrido”: “Híbrido designa uma produção genética entre duas espécies vegetais ou animais distintas, que geralmente não podem ter descendência devido aos seus genes incompatíveis. A mula, por exemplo, é um híbrido de jumento com cavalo e é totalmente estéril.
Ainda de relação a Caramuru, Diogo Álvares Correia, é sabido que junto com Francisco Pereira Coutinho, viajaram para o sul Estado, possivelmente Ilhéus. Diogo que se tornou amigo de Coutinho estava preocupado com as desavenças que o mandatário tinha com os índios que trabalhavam para ele, principalmente nos engenhos de açúcar. Sugeriu esta viagem e permanência de Coutinho em Ilhéus por um certo tempo. Quando retornaram, por azar, a nau que os trazia de volta naufragou nas costas de Itaparica. Coutinho foi capturado pelos índios Tupinambá de lá, comandados pelo cacique Taparica – daí o nome Itaparica, futuramente.
Mas a reportagem da revista afirmou ” que os índios daquela feito eram inimigos dos daqui de Salvador, por isso “comeram” Pereira Coutinho. E porquê também não comeram Caramuru? Porque era gente dele próprio. Claro. Assim,
estão feitas as ressalvas que se faziam necessárias. I’m sorry.
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