Como se sabe, a Barra é o mais
antigo bairro de Salvador. Em verdade, ele é anterior à própria Salvador.
Quando aqui aportou Tomé de Souza em 1549 o fez na Vila do Pereira ou Vila Velha,
atual Porto da Barra. Vinha com ordens do
de D.João III, Rei de Portugal, para fundar nessas plagas uma cidade que viria
a ser chamada de Salvador.
Vila Pereira ou Vila Velha era a
sede da Capitania Hereditária da Bahia e seu primeiro donatário, Francisco
Pereira Coutinho, aqui chegou em 1536 com cerca de 40 a 50 colonos, a maioria
portuguesa.
Com ajuda de Diogo Álvares
Correia que vivia com os índios, esses colonos aos poucos foram se
estabelecendo com pequenos sítios entre a Praia dos Índios, atual Iate Clube da
Bahia e a Ponta do Padrão que não é outro senão o nosso atual Farol da Barra.
Paralelamente Francisco Pereira
Coutinho fez construir um engenho de açúcar e, possivelmente, uma olaria. Neles
trabalhavam os índios mediante oferta de utilidades domésticas, como espelhos,
facas e utensílios de metal.
Como se sabe deu tudo errado. Em razão dos maus tratos dos
colonos com os índios com o beneplácito de Pereira Coutinho, num dado momento
eles se revoltaram e queimaram todos os sítios, o que obrigou a retirada dos colonos em navio
providenciado por Diogo Álvares que os acompanhou até a Capitania de Porto
Seguro. Após um ano, retornaram , mas infelizmente
o navio encalhou nos corais de Itaparica e toda a tripulação, menos Diogo
Álvares Correia, foi devorada pelos índios que habitavam a ilha sob o comando
do cacique Taparica.
É essa Barra que não se reconhece
como sendo Salvador àquele tempo que estaremos focalizando através fotos,
gravuras e pinturas das mais antigas que se conhece em duas postagens. Na primeira
(atual) veremos o Porto.
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