Em postagem feita ha poucos dias,
tivemos ocasião de colocar uma foto da igreja do Senhor do Bonfim onde a colina onde ela está é quase toda rodeada pela Enseada dos
Tainheiros, a exceção apenas do chamado Alto do Monte Serrat, por onde se fazia
o acesso das pessoas ao local.
Nessas condições, ao tempo dessa
foto por volta de 1800, ainda não havia todo o maciço onde é hoje o Uruguai,
Caminho de Areia, Maçaranduba, Dendezeiros, Bairro Machado, Jardim Cruzeiro,
etc. Tudo isto era mar, mar da grande enseada de Itapagipe, dos Tainheiros, dos
milhões de peixes que habitavam a região.
E como era a lavagem do Bonfim
que hoje conhecemos como tal ou não havia lavagem?
Sem as características como hoje
conhecemos, existia sim a lavagem que não era outra coisa senão uma
representação de “limpeza” do grande templo que, naturalmente, era preparado
com maior antecedência, geralmente pelos escravos.
E o povo que costumava participar
do “evento”, afora aquele outro que se integrava à festa e vinha pelos altos do
Monte Serrat, como chagava nas proximidades dos Bonfim?
Da mesma forma que os saveiros
que traziam lenha para Salvador provinda do Recôncavo e das Ilhas: simplesmente
chegavam pelo Porto da Lenha, na base contrária à enseada e da mesma forma que em
dias comuns de trabalho, subiam a ladeira ali próxima.
Porto da Lenha
Ainda no contexto da grande
festa, como se explicaria o surgimento da “segunda feira da Ribeira”ainda
fazendo parte dos festejos ao Senhor do Bonfim?
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