Desde que Salvador deixou de ser a capital do Brasil no
século XVII em prol do Rio de Janeiro, a importância do nordeste e norte do
Brasil, despencou aos olhos de todos.
Nas últimas eleições aconteceu algo tanto curioso quanto
esclarecedor: O Brasil ficou dividido
entre os estados que apoiaram Dilma e aqueles que não a apoiaram, ou seja, os
do norte-nordeste ficaram com a Presidente e os estados do sul, votaram no
Aécio Neves.
Não fosse as exceções de Minas Gerais e Rio de janeiro no sul e
Acre no Norte e, graficamente, a divisão seria perfeita. Isto causou perplexidade
até no exterior.
Embora se queira negar esta divisão, principalmente por
parte das forças vencedoras, a verdade é
que, efetivamente, há uma separação, não somente política, quanto principalmente
econômica.
Isto vem acontecendo desde o século XVII quando a Bahia
deixou de ser a capital do Brasil em prol do Rio de Janeiro, como já se disse.
A partir de então, o Brasil evoluiu fortemente no sul enquanto
por aqui houve um decréscimo de poder realmente extraordinário e aí se entenda
poder político e econômico.
Hoje, efetivamente, queiram ou não, existem dois “Brasís”:
um extraordinariamente desenvolvido em todos os aspectos e outro parado no
tempo.
Não se queira dizer, entretanto, que possa haver uma
caminhada em direção a uma divisão efetiva, ou seja, a formação de dois Países.
Longe disso. As coisas como estão já não são boas para o norte e nordeste,
este separado e autônomo vai levar outros 400 ou 500 anos para alcançar um
nível respeitável. Diríamos ainda, não teria nem condições de se sustentar Por outro lado, não é nada interessante para o sul a perda de um "mercado" imenso para os produtos de sua fabricação, maior do que de muitos países.
Evidentemente, contudo, esta situação não pode e não deve
continuar. A Presidente eleita precisa colocar na sua agenda a necessidade
urgente de uma mudança dessa situação, não com Bolsa Família que, enquanto ajuda
de um lado aos mais necessitados, prejudica como um todo cada Estado dessa
região. Estaria havendo como que uma acomodação. O Bolsa Família já basta. Já se está dando demais.
Obras como a transposição do Rio São Francisco, melhoria das
estradas que cortam a região, modernização dos portos, construção de escolas e
hospitais, precisam ter prioridade nesse novo governo, a não ser que se pense
que a situação continuando como está, vai manter o partido da Presidente no
poder.
É agora que o Brasil vai saber com quem está tratando. De
uma grande líder ou de apenas uma base, um poste, uma ponte, para eleição de seu sucessor.
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