segunda-feira, 7 de março de 2016

CARAMURU A MAIOR MENTIRA DO BRASIL

É sempre um prato cheio essa questão de Caramuru. Agora mesmo, acabei de ver um filme sobre o mesmo que se destaca logo pelo título: “CARAMURU A MAIOR MENTIRA DO BRASIL”. E é mesmo uma mentira, verdadeiro conto da Carochinha. Não se compreende que nas escolas brasileiras ainda se permita contar essa história da forma como o filme relata. Totalmente fantasiosa e ridícula em todos os sentidos. E, diga-se de logo, que o filme se baseia num livro de autoria do Padre José de Santa Rita Durão, publicado em 1781, portanto há 235 anos atrás. Do fato relatado à data de publicação do livro são 2O16- a 1510 são 506 anos.

Em suma, o padre não possuía nenhuma base consistente para escrever o que escreveu. Não tinha nada substancial. Por outro lado, pouco conhecia do Brasil – aqui esteve por poucos anos, a maioria das vezes enclausurado sem ver nem a luz do sol. Faltava-lhe qualquer base.

Mas, em verdade, o menos culpado nessa história não é nem ele. É toda a posteridade que aceitou sua invencionice, muitas vezes até ridícula. E ninguém chama atenção para isso; é Caramuru e pronto.
Há poucos dias tivemos a festa de Iemanjá no Rio Vermelho e, felizmente, mais uma vez não se falou em Caramuru. Aliás, desde o principio dessas festividades em 1523 por um grupo de pescadores que tem uma colônia na área. Nunca se falou em Caramuru – é sempre Iemanjá, Rainha dos Mares. Mesmo as barracas de comida que, tradicionalmente, se armam para os festejos, nunca serviram, por exemplo, moqueca de caramuru. Não deve ser boa! A Prefeitura, por seu lado, proibiu de logo a presença dos Trios Elétricos para não carnavalizar a festa. Ela manteve-se até hoje como foi no principio. Só cresceu o público.

Em frente à casinha da colônia de pesca Z 1, há uma figura de Iemanjá  que mostramos adiante sendo retocada.


Extraordináia - em Petrolina- \Pe. (Já pensou sobre a concha da sereia?



Iemanjá do Rio Vermelho

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