É sempre um prato cheio essa questão de Caramuru. Agora
mesmo, acabei de ver um filme sobre o mesmo que se destaca logo pelo título:
“CARAMURU A MAIOR MENTIRA DO BRASIL”. E é mesmo uma mentira, verdadeiro conto
da Carochinha. Não se compreende que nas escolas brasileiras ainda se permita
contar essa história da forma como o filme relata. Totalmente fantasiosa e
ridícula em todos os sentidos. E, diga-se de logo, que o filme se baseia num
livro de autoria do Padre José de Santa Rita Durão, publicado em 1781, portanto
há 235 anos atrás. Do fato relatado à data de publicação do livro são 2O16- a
1510 são 506 anos.
Em suma, o padre não possuía nenhuma base consistente para
escrever o que escreveu. Não tinha nada substancial. Por outro lado, pouco
conhecia do Brasil – aqui esteve por poucos anos, a maioria das vezes
enclausurado sem ver nem a luz do sol. Faltava-lhe qualquer base.
Mas, em verdade, o menos culpado nessa história não é nem
ele. É toda a posteridade que aceitou sua invencionice, muitas vezes até
ridícula. E ninguém chama atenção para isso; é Caramuru e pronto.
Há poucos dias tivemos a festa de Iemanjá no Rio Vermelho e,
felizmente, mais uma vez não se falou em Caramuru. Aliás, desde o principio
dessas festividades em 1523 por um grupo de pescadores que tem uma colônia
na área. Nunca se falou em Caramuru – é sempre Iemanjá, Rainha dos Mares. Mesmo
as barracas de comida que, tradicionalmente, se armam para os festejos, nunca
serviram, por exemplo, moqueca de caramuru. Não deve ser boa! A Prefeitura, por
seu lado, proibiu de logo a presença dos Trios Elétricos para não carnavalizar
a festa. Ela manteve-se até hoje como foi no principio. Só cresceu o público.
Em frente à casinha da colônia de pesca Z 1, há uma figura
de Iemanjá que mostramos adiante sendo
retocada.
Extraordináia - em Petrolina- \Pe. (Já pensou sobre a concha da sereia?
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