O Brasil todo está como que horrorizado com os acontecimentos em Brasilia. Um senador da República, dos mais respeitáveis até então, é denunciado por corrupção braba. Quando as primeiras notícias saíram na imprensa, o mesmo foi a Tribuna para, indignado, protestar contra as “inverdades” que se diziam a seu respeito. Tinha que fazer isto! Na oportunidade, mereceu apartes de mais de duas dezenas de colegas de todos os partidos, (situação e oposição).
Acompanhamos a cena pela televisão em transmissão direta. O homem teve que escrever num papel a ordem pela qual cada senador iria falar... “senador fulano de tal, Vossa Excelência tem a palavra” e o colega senador protestava contra aquela calúnia. Obrigado, Excelência. Tem a palavra, fulano de tal e por aí foi quase toda a tarde. O homem ultrapassou o seu tempo de fala na ordem de 300% com a aquiescência da Presidência da mesa, quebrando o regimento da casa. Afinal de contas, o homem merecia. Sempre foi uma figura impoluta. Não era possível!
Aí, no dia seguinte, a Policia Federal publicou as conversas telefônicas que o mais correto dos senadores até então havia mantido com um contraventor que já se encontra preso. Incrível! O homem era mesmo culpado.
No dia seguinte, ligamos de novo a TV Senado para vermos a reação dos mesmos senadores, daquelas figuras que se solidarizaram com o homem e, surpresa, ninguém se pronunciou à respeito. Parece que até evitaram ir ao senado naquele dia. Devem ter ficado em seus apartamentos funcionais (porquê funcionais?) pensando (o que?).
Mas o que tem haver este blog com o fato? Não estaríamos saindo da finalidade pela qual foi criado? Achamos que não, desde que todos os segmentos da sociedade foram atingidos pelos respingos dessa sujeira. Por outro lado, cria também a oportunidade de citarmos que esta coisa de corrupção já vem do tempo de Tomé de Souza, da Bahia antiga de que estamos tratando na composição da história de Salvador.
Mas isto são favas contadas... desde o tempo do império...; sempre foi assim...etc. etc. mas não. Também não se pode dizer que haja novidades. O fato é absolutamente concreto, verdadeiro, mas pouco comentado ou convenientemente esquecido, passado por cima.
Vamos a ele: Conta-se que na comitiva de Tomé de Souza teria vindo Garcia De Ávila, seu filho. Inicialmente, o pai o nomeara para um cargo na Alfândega, sem remuneração. Posteriormente, lhe teria dado um boi e uma vaca, bem como um pedaço de terra para os lados de Itapagipe, onde ele pudesse criar seus animais.
Até aí tudo bem. Posteriormente, o filho pediu mais alguma coisa. Foram-lhe concedidas duas léguas de terra para os lados de Itapuã. Nada de mais ainda. Mais adiante, Tomé de Souza concedeu-lhe uma Sesmaria que ia de Itapuã até a hoje Praia do Forte.
Acompanhamos a cena pela televisão em transmissão direta. O homem teve que escrever num papel a ordem pela qual cada senador iria falar... “senador fulano de tal, Vossa Excelência tem a palavra” e o colega senador protestava contra aquela calúnia. Obrigado, Excelência. Tem a palavra, fulano de tal e por aí foi quase toda a tarde. O homem ultrapassou o seu tempo de fala na ordem de 300% com a aquiescência da Presidência da mesa, quebrando o regimento da casa. Afinal de contas, o homem merecia. Sempre foi uma figura impoluta. Não era possível!
Aí, no dia seguinte, a Policia Federal publicou as conversas telefônicas que o mais correto dos senadores até então havia mantido com um contraventor que já se encontra preso. Incrível! O homem era mesmo culpado.
No dia seguinte, ligamos de novo a TV Senado para vermos a reação dos mesmos senadores, daquelas figuras que se solidarizaram com o homem e, surpresa, ninguém se pronunciou à respeito. Parece que até evitaram ir ao senado naquele dia. Devem ter ficado em seus apartamentos funcionais (porquê funcionais?) pensando (o que?).
Mas o que tem haver este blog com o fato? Não estaríamos saindo da finalidade pela qual foi criado? Achamos que não, desde que todos os segmentos da sociedade foram atingidos pelos respingos dessa sujeira. Por outro lado, cria também a oportunidade de citarmos que esta coisa de corrupção já vem do tempo de Tomé de Souza, da Bahia antiga de que estamos tratando na composição da história de Salvador.
Mas isto são favas contadas... desde o tempo do império...; sempre foi assim...etc. etc. mas não. Também não se pode dizer que haja novidades. O fato é absolutamente concreto, verdadeiro, mas pouco comentado ou convenientemente esquecido, passado por cima.
Vamos a ele: Conta-se que na comitiva de Tomé de Souza teria vindo Garcia De Ávila, seu filho. Inicialmente, o pai o nomeara para um cargo na Alfândega, sem remuneração. Posteriormente, lhe teria dado um boi e uma vaca, bem como um pedaço de terra para os lados de Itapagipe, onde ele pudesse criar seus animais.
Até aí tudo bem. Posteriormente, o filho pediu mais alguma coisa. Foram-lhe concedidas duas léguas de terra para os lados de Itapuã. Nada de mais ainda. Mais adiante, Tomé de Souza concedeu-lhe uma Sesmaria que ia de Itapuã até a hoje Praia do Forte.
Daí em diante, com esforços próprios, Garcia de Ávila estendeu a posse de terras até o Maranhão, segundo se diz, formando o maior latifúndio do Hemisfério Sul, quiçá do mundo.
Mas onde está a corrupção? Nas concessões, desde a vaca e o boi, mais os currais de Itapagipe até a Sesmaria de Itapuâ até Praia do Forte. Mas por quê? Um pai não poderia ajudar ao filho? Todo pai faz isto! Acontece, porém, que, existia uma lei na época (lei do Império) que pessoas do goveno não podiam fazer concessões de nenhum tipo à parentes próximos, e Garcia de Ávila era filho de Tomé de Souza. Será?. Efetivamente o era, mas os dois negavam o parentesco. Ele nunca foi meu filho, dizia Tomé de Souza. Já Garcia de Ávila afirmava que Tomé de Souza nunca foi seu pai.
Há algo de mais corrupto e inaceitável do que uma negação dessa órdem?
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