segunda-feira, 30 de abril de 2012

SUGESTÕES AO NOVO PREFEITO – 4ª PARTE- VIA CONTORNO DA RIBEIRA

  • O mar dos Tainheiros da Ribeira começou a ser invadido aí pelos anos 40 do século passado. Tudo começou no bairro do Uruguai e foi uma invasão oficial, poderíamos assim dizer, desde que foi a própria Prefeitura a autora do feito. Itapagipe havia sido nomeada (península) aterro sanitário de Salvador. Durante muito tempo, caminhões e mais caminhões, talvez até mesmo carroças, despejaram milhões de toneladas de lixo ali perto dos Mares, a começar no hoje cinhecido bairro do Uruguai e em prosseguimento Jardim Cruzeiro, Bairro Machado e Maçaranduba, localidades que só foram consolidadas por volta de 1950.

  • Três anos mais tarde, foi a vez dos Alagados do Porto dos Mastros. Dessa maneira, há que se registrar que o mar beirava todo esse espaço. Os pescadores da região, os conhecidos “tainheiros”, tinham o ancoradouro de suas canoas e catraias nas proximidades. Moravam perto, possivelmente em palafitas sobre o mar. Esta particularidade não pode ser confundida com o movimento popular denominado “Alagados”. Este foi um processo executado por milhares de pessoas e realizado mediante um plano previamente preparado por trabalhadores das indústrias e seus líderes, trabalhadores estes que não tinham moradia fixa– Itapagipe também fora nomeada Pólo Industrial de Salvador.

  • E teria parado o avanço do mar? Não parou. Continua paulatinamente e se não for contido, em alguns anos, os dois lados vão se aproximar perigosamente. Referimo-nos a área do Lobato no subúrbio e a Ribeira. Vai restar apenas um canal ao centro por onde poderá ainda circular a frota das escunas existentes na área. Até quando? E há como conter esse crime ambiental dos mais graves? Há. A Prefeitura tem que construir um cais e na sequência uma avenida, contornando todos os espaços acima citados, mais ou menos o que foi feito na Avenida Beira Mar. É quase uma obrigação!
  • O traço vermelho indica a extensão do cais que vai desde a Ribeira até o Porto da Lenha. O traço amarelo, mostra como seria a via “contorno da Ribeira” ou “contorno das naus”, desde a própria Ribeira, seguindo em direção à Ilha do Medo, Lobato, Plataforma. Os traços azuis, uma possível ponte ligando o subúrbio à Penha dentro do projeto da Via Náutica.

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