domingo, 10 de junho de 2012

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DA BAHIA - A NOVA NEGOCIAÇÃO DE SUA SEDE

“Caros amigos, a cada dia o número de associados que toma conhecimento do projeto de venda de parte do clube é maior, graças ao nosso movimento. Precisamos nos manter atentos pois até hoje a ata da reunião do conselho na qual não foi atingido o número de votos necessários para a venda não foi divulgada. Os defensores do projeto estão tentando, somente agora, mostrar que os associados estão tendo informações sobre a venda e marcaram para o dia 14/06 as 19:00 uma reunião de "esclarecimento" onde o projeto será apresentado. Precisamos comparecer "em peso" neste dia para mostrar nossa posição e para tentarmos demonstrar para os demais sócios que a venda é desnecessária e que o clube tem diversas alternativas para melhorar sua receita sem "jogar fora" seu patrimônio. Na ultima reunião ocorrida para este fim a participação dos amigos João Campos e Carlos Ricci foi muito importante. Dessa vez devemos comparecer em massa para defendermos nossa posição.Portanto fica o convite, DIA 14/06, AS 19:00 NA AAB. Abraço a todos. Alysson Oriá.” Enviado via iPhone.

Recebemos via internet a “convocação” acima. Diferentemente da vez anterior quando o clube foi vendido em rápida assembléia de poucos sócios, uma venda até hoje contestada, agora a situação parece ser bem diferente. Tem muita gente atenta e, principalmente, contrária a uma nova negociação de venda de uma parte do clube. Em postagem anterior, foram mostradas as principais razões de quem é favorável à venda: as lojas e o espaço para shows – Salvador Hall – não estão rendendo o que se esperava e o clube está sendo contestado na justiça pelos moradores dos edifícios ao redor em razão de “ruídos” provocados pela quadra de tênis e as festas na piscina.

Foi escrito: “Por outro lado, o clube está sofrendo uma pressão muito forte por parte dos moradores dos prédios construídos ao fundo e ao lado, dentro do mesmo projeto de aproveitamento do antigo terreno. A coisa já está na área da justiça e é séria. Parece que o condomínio pede a suspensão das atividades do clube ou parte delas. A quadra de tênis é a mais questionada. Os jogos vão até tarde da noite e o som das bolinhas perturba o sono dos moradores. Resultado: o clube está se sustentando com liminares suspensivas. Até quando? Analisando esta questão com mais agudez, será que ninguém previu que isto teria que acontecer? A construtora não previu? Os moradores não previram que morar junto a um clube não é aconselhável em nenhum lugar do mundo? E agora? Quem vai ceder? Parece que é o clube. Já deu a primeira manifestação dessa inclinação. Está vendendo mais 2000 metros quadrados de sua área. Não devia ser assim. Manda a lógica que, em casos tais, quem chegou primeiro tem preferência. O clube chegou primeiro aliás, já estava ali a século-seculorum. Os apartamentos foram construidos no seu espaço.”

Agora cabe mostrar as razões dos que são contra a venda. Primeira delas e a mais importante, é a contestação do valor que estaria sendo negociada a parte que seria vendida para a construção de um apart-hotel: fala-se em um milhão de reais.

Nesse sentido, comenta-se que o metro quadrado de um terreno onde o clube está localizado estaria custando na ordem de R$2.500.00 o metro quadrado e se a negociação refere-se a 2.000 metros quadrados, consequentemente, a mesma teria que ser feita por 5 milhões.

A argumentação de que a diferença de quatro milhões à favor da construtora que quer comprar, é destinada para cobrir as despesas de construção do imóvel seria até uma novidade econômica no ramo. O edifício seria construído a custo zero e as dependências resultantes seriam vendidas com enorme e rara rentabilidade.

Mas, o clube continuaria a ficar com as lojas no térreo? Ficaria e daí? Mas não foram essas lojas o grande fracasso da atual situação? Foram e parece que continuarão sendo. Na Barra existem 3 shoppings e o principal deles está prestes a dobrar seu espaço (Shopping Barra). Consequentemente, a inclinação das compras é dirigida quase a 100% para esses locais. O que resta de espaço poderia ser aproveitado para lojas muito especializadas que não dependam de visibilidade, essas coisas muito conhecidas no ramo..  Consequentemente, a tendência são alugueis muito baratos ou inadimplência quase certa, como está acontecendo agora.

Não resta dúvida que o pessoal do "contra" está com a razão. Há de se reparar que mesmo assim, não estão descartando a possibilidade de negociação, mas que seja, pela primeira vez, favorável ao clube. Afinal de contas, é ele que tem o espaço da cobiça.

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