Faz alguns anos que na base do morro do farol da Barra,
existia uma amendoeira, aliás, uma frondosa amendoeira. Fora plantada
praticamente na pequena praia ali existente e em meio às pedras. Seus galhos
chegavam bem próximos à balaustrada, quase se podendo pegá-los.
Amendoeira devidamente sinalizada
Nas marés cheias, o mar molhava a base do seu tronco.
Água salgada. Mesmo assim ela resistia, mas aos poucos foi definhando e se
tornou uma árvore de folhas secas ou quase sem elas; apenas galhos escuros.
Morreu aos poucos
Mesmo assim, serviu por muito tempo até de moradia de
uma família pobre que ali vivia. Dependurava suas roupas e panelas nos galhos mais
baixos. Depois se tornou uma “boca de
fumo” de muitos marginais.
Até que um dia resolveram cortá-la. O Poder Público. Só
ele poderia fazê-lo. Fosse qualquer cidadão e seria preso e multado. É a lei.
E para quem pensa que as garras da lei são apenas para
as árvores plantadas em espaços públicos se engana. No edifício que moramos,
tinha um pé de “pinheiro” plantado num jardim interno. Pois bem! A belíssima
árvore que mais parecia uma árvore de Natal, cresceu horrores e empenou para o
lado da rua. O síndico resolveu cortá-la; a Prefeitura não deixou; somente
quando essa inclinação se inverteu para os lados da guarita do prédio,
ameaçando sua estrutura, os poderes públicos autorizaram o seu corte.
Um pinheiro
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