Perece não haver dúvida de que o primeiro homem branco a ser proprietário de terras em Itapuã tenha sido Garcia de Ávila, filho de Tomé de Souza,1º Governador Geral do Brasil em 1549. Foram-lhe concedidas duas léguas de terras ao longo do mar nessa localidade, contudo, não se acredita que as mesmas tenham se transformado em currais para bois e vacas, negócio prioritário do mesmo. Em verdade, as intenções de Tomé de Souza eram o domínio daquelas terras e praias por alguém de sua confiança – seu próprio filho – e tanto isto é verdadeiro que, logo a seguir, estendeu essa posse até Praia do Forte, famosa sermaria.
E Garcia de Ávila cumpriu com fidelidade e competência os intentos do pai, dominando tribo por tribo de índios que habitavam aquele espaço e não se dando por satisfeito, estendeu essa posse até Rio Real, fronteira com Sergipe; depois o próprio Sergipe e, seguindo em frente, até terras e praias do Ceará e Maranhão, constituindo o maior latifúndio da história.
O motivo aparente era a necessidade de terras e mais terras para criação de gado, mas há de se convir que não havia necessidade de tanta extensão territorial para uma atividade como esta que poderia ser melhor controlada num espaço menor.
De modo que é uma balela o que se divulga em muitas publicações de que o homem possuía gado em todo esse “mundão”. Definitivamente, não possuía. A expansão de suas propriedades deve-se a uma tendência das pessoas e dos governos daquela época pelo domínio de terras. Por causa disto, fizeram-se muitas guerras e dizimaram milhões de pessoas em todo o mundo No caso específico da Bahia e hoje outros estados, foram os índios as grandes vítimas.
Mas Itapuã não tinha gado mesmo? Nem gado, nem acesso para negociar com os centros consumidores, sem os quais não se justificaria a criação. Para se ter uma idéia, até os anos 30\40 do século passado, o acesso às praias de nossa orla oceânica via avenidas ou ruas, só era possível até Amaralina. Daí em diante, só pela praia ou pelo mar bravio dessa região.
Possivelmente, era mais fácil chegar em Irapuã por caminhos provenientes da Praia do Forte onde se desenvolvia um núcleo habitacional, no caso o Castelo da Torre, construído no município de Mata de São João.
Além de currais que Itapuã não tinha, também não faziam parte de sua paisagem.os famosos “coqueiros de Itapuã”, tão cantado pelos artistas. Suas praias eram contornadas por espessa Mata Atlântica, que nem as praias de Porto Seguro e Arraial d’Ajuda que hoje ainda se vê.
E como surgiram os famosos coqueiros que hoje são uma de suas maiores referências?
Segundo consta, os primeiros cocos foram trazidos para a Bahia pelo próprio Garcia de Ávila e coincidentemente ou não. a plantação dos mesmos deu-se nas praias de Itapuã para cima, em direção ao norte. Diferentemente, não se percebe a presença maciça dessa planta na Peninsula de Itpagipe nem nas ilhas da Baía de Todos os Santos.
Há também informações que os frutos teriam chegado ao Brasil flutuando, desde as costas da África e da América Central por dispersão natural, através das correntes marinhas.
Já que estamos falando em coco, claro que não poderíamos perder a oportunidade para transmitir aos nossos leitores iinteresantes informes desse belíssimo e extraordinário fruto.
“Botanicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.
O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563) "[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro, [...]." [1] .
Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos inglês "coconut" e alemão "Kokosnuss".
Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco. Escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia. Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido.” (wikpédia)
Finalizando por enquanto, desde que voltaremos a falar de Itapuã em próximas postagens, é interessante abordarmos o significado da palavra Itapuã .
São muitas as vertentes. A primeira delas e a mais divulgada é que Itapuã siginfica “pedra redonda”. Insolsa! Outra fala que Itapuã seria “pedra que surge” Inexpressiva! Ainda outra – “ponta de pedra”. Aproxima-se. Ainda outra: pedra bonita. Muito bonita! Mais outra - pedra que ronca.
Verdadeiramente o nome Itapuã ou Itapuan significa pedra (ita) pontiaguda, fina(puã – objeto ponteagudo, um arpão geralmente de pedra, haja vista, que determinados tipos de siris com os terminais do casco ponteagudo, chamam-se siri puã.
E Garcia de Ávila cumpriu com fidelidade e competência os intentos do pai, dominando tribo por tribo de índios que habitavam aquele espaço e não se dando por satisfeito, estendeu essa posse até Rio Real, fronteira com Sergipe; depois o próprio Sergipe e, seguindo em frente, até terras e praias do Ceará e Maranhão, constituindo o maior latifúndio da história.
O motivo aparente era a necessidade de terras e mais terras para criação de gado, mas há de se convir que não havia necessidade de tanta extensão territorial para uma atividade como esta que poderia ser melhor controlada num espaço menor.
De modo que é uma balela o que se divulga em muitas publicações de que o homem possuía gado em todo esse “mundão”. Definitivamente, não possuía. A expansão de suas propriedades deve-se a uma tendência das pessoas e dos governos daquela época pelo domínio de terras. Por causa disto, fizeram-se muitas guerras e dizimaram milhões de pessoas em todo o mundo No caso específico da Bahia e hoje outros estados, foram os índios as grandes vítimas.
Mas Itapuã não tinha gado mesmo? Nem gado, nem acesso para negociar com os centros consumidores, sem os quais não se justificaria a criação. Para se ter uma idéia, até os anos 30\40 do século passado, o acesso às praias de nossa orla oceânica via avenidas ou ruas, só era possível até Amaralina. Daí em diante, só pela praia ou pelo mar bravio dessa região.
Possivelmente, era mais fácil chegar em Irapuã por caminhos provenientes da Praia do Forte onde se desenvolvia um núcleo habitacional, no caso o Castelo da Torre, construído no município de Mata de São João.
Castelo da Torre (3 fotos)
E como surgiram os famosos coqueiros que hoje são uma de suas maiores referências?
Segundo consta, os primeiros cocos foram trazidos para a Bahia pelo próprio Garcia de Ávila e coincidentemente ou não. a plantação dos mesmos deu-se nas praias de Itapuã para cima, em direção ao norte. Diferentemente, não se percebe a presença maciça dessa planta na Peninsula de Itpagipe nem nas ilhas da Baía de Todos os Santos.
Há também informações que os frutos teriam chegado ao Brasil flutuando, desde as costas da África e da América Central por dispersão natural, através das correntes marinhas.
Já que estamos falando em coco, claro que não poderíamos perder a oportunidade para transmitir aos nossos leitores iinteresantes informes desse belíssimo e extraordinário fruto.
“Botanicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.
O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563) "[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro, [...]." [1] .
Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos inglês "coconut" e alemão "Kokosnuss".
Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco. Escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia. Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido.” (wikpédia)
Finalizando por enquanto, desde que voltaremos a falar de Itapuã em próximas postagens, é interessante abordarmos o significado da palavra Itapuã .
São muitas as vertentes. A primeira delas e a mais divulgada é que Itapuã siginfica “pedra redonda”. Insolsa! Outra fala que Itapuã seria “pedra que surge” Inexpressiva! Ainda outra – “ponta de pedra”. Aproxima-se. Ainda outra: pedra bonita. Muito bonita! Mais outra - pedra que ronca.
Verdadeiramente o nome Itapuã ou Itapuan significa pedra (ita) pontiaguda, fina(puã – objeto ponteagudo, um arpão geralmente de pedra, haja vista, que determinados tipos de siris com os terminais do casco ponteagudo, chamam-se siri puã.
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