Este blog retoma o crescimento de Salvador em direção ao
norte da cidade. Vimos, ate então, os avanços desde a Praça da Sé, Pelourinho,
Taboão e Pilar e, em seguida, subindo para Santo Antônio Além do Carmo e
alcançando as colinas do Barbalho.
A exceção desse último, em todos eles, esse avanço teve uma
sistemática, ou seja, uma forma de proceder ou acontecer: faz-se uma igreja ou um convento e o povo vai
atrás, naturalmente sob a proteção das fortalezas em torno dando a segurança
necessária.
Quando dissemos acima que o Barbalho foi uma exceção,
justificamos a exclusão pelo fato de que foi
o único lugar onde não se construiu uma grande igreja ou convento na
parte que hoje é o bairro, ou seja fundamentalmente, Ruas Siqueira Campos, Professor Palma, Tales de Freitas, Eng. José Pimenta Bastos, Rocha Leal, Praça do Barbalho, Jardim Esperança,
Novo Barbalho, Lanat e Macaubas.
Enquanto isto se construiu no bairro um dos maiores fortes
de Salvador, ou seja, o Forte do Barbalho que proporcionou a segurança
necessária para a expansão da cidade em direção à Soledade e à Lapinha. Ai sim, nessas localidades, surgiram a Igreja
e Convento da Soledade e a Igreja da Lapinha.
Forte do Barbalho
Visto do alto.
A chamada Soledade de Salvador não pode ser considerada rigorosamente como sendo um
bairro. Trata-se de uma ladeira e ao seu final um largo.
Quase toda a ladeira tem nos dois lados grandes prédios construídos
ainda no século XIX e principio do século XX, a maioria em péssimo estado.
Nenhum governo tratou dessa área em qualquer tempo.
Logo no principio da ladeira, à sua esquerda
No restante da ladeira
Os novos moradores quando se apossam dos mesmos “inventam” reformas horrorosas, inclusive aquelas de construírem sobre o ultimo andar uma extensão completamente fora de qualquer padrão.
Reforma!
Neste caso, fizeram um acréscimo sobre o belíssimo prédio à esquerda.
O que ainda salva a “bela” ladeira é o Convento e Igreja da
Soledade à direita de quem sobe, sempre bem cuidado.
Igreja e Convento da Soledade
Destaca-se nesse praça o monumento dedicado à Maria Quitéria, a grade heroína da Bahia
Nossa Senhora da Soledade
"A devoção à Nossa Senhora da Soledade tem origem no
encontro de Maria com seu filho Jesus, a caminho do Calvário. Ao ver o
amado Filho carregando a pesada cruz, torturado e sofrido, coroado de espinhos
e ensangüentado, a dor da Mãe de Deus foi tão profunda que nos faz refletir até
hoje sobre as nossas próprias dores.
A Virgem Dolorosa recebeu então a
denominação de Senhora da Soledade, palavra derivada do latim, que significa
solidão, tristeza e saudade; sendo também venerada sob diversos nomes como:
Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Angústias,
Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do
Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto
Maria chorou por seu Filho inocente,
que era levado à morte; e nos ensina, com sua dor, que também podemos suportar
nossas dores."
Escrito dos entendidos! Referendamos!
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