quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RUA CHILE – SEU CHARME

Muito se fala no charme da antiga Rua Chile aí pelos idos de 1940/50 e, possivelmente, um pouco mais. Claro que a maioria das pessoas que escreveram sobre ela nos tempos atuais apenas “imaginaram” como ela foi, fazendo “suposições” de seus encantos. Absolutamente normal! Em nosso caso, tivemos a felicidade de conviver com ela, de vê-la ainda no auge, desde que somos daquela época. Não da Rua Chile estreita nos anos de 1912, mas da Rua Chile já alargada dos anos 40 e 50 do século passado. Esse autor estava na extraordinária fase da mocidade. Plena mocidade e não temos pejo de quase revelar a nossa idade. Não é pecado! Umas pessoas vivem mais, outras menos. É o destino! É a vida!
Rua Chile de antigamente
Estamos fazendo questão dessas referências para transmitirmos aos nossos leitores uma maior credibilidade aos relatos Somos testemunhas vivas de uma fase da cidade. Aliás, uma das razões que nos levaram a escrever este blog, foi esta. Presenciamos boa parte do seu desenvolvimento. Era importante que escrevêssemos sobre ela, diziam os amigos que sabiam que gostávamos de escrever. Eles estavam certos! Todas as pessoas deviam prestar depoimentos públicos de suas experiências. O mundo seria melhor e mais autêntico. Não se inventaria tanto como vemos por aí, muitas vezes por conveniências suspeitas.

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Como toda a rua, a Rua Chile tinha sua rotina no que se refere a  frequência. Pela manhã muitos estudantes circulavam por ela, especialmente do Colégio São Salvador que ficava atrás da Rua da Ajuda. Tradicional estabelecimento de ensino! Também era o horário preferido pelas senhoras em compras, principalmente nas Duas Américas e Sloper, as principais casas comerciais da bela via.

A Duas Américas era o principal magazine da cidade. Estava instalada num prédio de três andares. Todos os seus balconistas trabalhavam de camisa de manga comprida e gravata. Eram muitos! No terceiro andar funcionava uma lanchonete que o povo chamava de “Casa de chá” das Duas Américas. Vivia sempre cheia.

Duas Américas

Cheia também ficava a Cantina de Lourdes, após a Sloper. Funcionava em pequeno espaço de uma só porta.

À nível de lanches rápidos, como se pode notar, havia uma acentuada precariedade em comparação aos dias de hoje. Para ajudar na situação, o povo contava com a Pastelaria Triunfo, já na Praça Municipal e o Café das Meninas na esquina da Rua do Tira Chapéu com a Rua D’ Ajuda. Pertencia à família Gramacho.

Pastelaria Triunfo

Verdade que naquela época os hábitos alimentares da população eram muito outros, mesmo dos estudantes. Esses faziam seus lanches nas cantinas das próprias escolas. O povo de um modo geral comia um acarajé na baiana da esquina. Faltava-lhe recursos financeiros. O poder aquisitivo da população em geral era muito baixo.

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