É inusitada a foto acima. Está se fazendo um novo cais ao
lado da praia da Preguiça, cais este projetado a partir de um antigo trapiche
que existe ao lado. Nesse trapiche funciona hoje um restaurante famoso –
Amado- o qual, por circunstâncias que se
desconhece, permitiu o inicio do referido cais como que saindo de suas paredes.
O referido cais vai aumentar a capacidade da marina em mais
200 lanchas, contudo, há um senão nessa expansão: está prejudicando o resto de praia que ainda existe no local.
Olhando a foto acima, sente-se que a pequena praia ficou
como que sufocada, comprimida entre dois paredões: ao seu lado esquerdo, o
velho trapiche; e a sua direita, o paredão de um estacionamento suspenso da
referida marina.
Quando as obras tiveram inicio, o avanço das mesmas foi
frenético. Em poucos dias o cais avançou mar à dentro com uma velocidade fora do comum. Parece que
temiam qualquer medida suspensiva por parte do governo ou de quem quer seja.
É! Parece que foi isso que ocorreu. A construção parou no
meio do caminho, mas como acontece com a maioria desses processos, praticamente
o faltoso é penalizado apenas com a suspensão (embargo) da obra, isto é, não se
obriga a refazer o local deixando-o como era, desde que, geralmente há os
recursos impetrados na Justiça
.
Aliás, foi assim que aconteceu quando da construção da
própria Bahia Marina. Houve diversos embargos, mas ao final conseguiram o
Alvará de Funcionamento.
Nesse sentido, o vereador Hilton Coelho (PSOL) encaminhou representação ao Ministério Público na Bahia cobrando providências contra essa obra. Segundo ele, a a obra implica o aterramento de parte da Baía de Todos os Santos por meio de concreto e pedras, interferindo no eco-sistema da região o que pode causar danos irreparáveis ao mesmo. Segundo o vereador, as obras tiveram inicio no período pre-carnavalesco quando a cidade estava mobilizada na sua preparação. Em outras palavras, na surdina, possivelmente até à noite quando a cidade dormia.
A foto acima dá uma melhor ideia do que está acontecendo.à esquerda a prainha que está sendo sacrificada.
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