De alguma
maneira, podemos nos considerar satisfeitos em ter constatado que, efetivamente,
existiu materialmente o “pelourinho” de Salvador. Isso só foi possível graças
ao trabalho de um engenheiro militar, baiano, José Antônio Caldas, quando fez o
chamado Prospecto de Caldas. Na sua visão de Salvador dos anos 1750, ele indica
com dois traços o referido pelourinho na altura do Mosteiro de São Bento, ou seja, na ladeira que dá acesso à igreja.
É muito
pouco, poderão dizer muitos. Não considero assim! A sua importância está
evidenciada no fato de ser uma prova material da existência do referido
monumento. Tudo bem! Mas ninguém ficou sabendo do seu formato, de sua altura, de possíveis desenhos em alto e baixo relevos, etc. etc. Tinha um pedestal? Possuía uma cruz ou um
nicho no alto? Essa coisas de monumentos e de pelourinhos.
Diante dessa
carência, continuamos as pesquisas sobre a referida peça. Fotos, nem pensar.
Ainda não tinha sido inventada a máquina fotográfica. Encaminhamos-nos para
desenhos e gravuras e parece que encontramos fortes indícios do que
procurávamos. Aliás, um único e bendito indicio.
Trata-se de
uma gravura da Ladeira de São Bento, ainda sem calçamento, onde se vê algo
parecido com um pelourinho. Graças ao recurso da informática, conseguimos ver
até seus contornos. Fica provado que, efetivamente, este pelourinho andou por
ali.
Gravura da Ladeira de São Bento, ainda sem calçamento. Indicado pela seta vê-se uma coluna. Deve ser o nosso pelourinho.
Graças aos recurso da informática, conseguimos aumentar a gravura anterior e reproduzi-la e o resultado é uma imagem de uma coluna decorada com relevos e até um pedestal. É o pelourinho de Salvador.
Graças aos recurso da informática, conseguimos aumentar a gravura anterior e reproduzi-la e o resultado é uma imagem de uma coluna decorada com relevos e até um pedestal. É o pelourinho de Salvador.
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