quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

CHAME-CHAME DE ONTEM E DE HOJE




Há dias atrás demos inicio a uma série de postagens sobre Salvador em dois tempos, ou seja, como era e como é agora. Sem dúvida alguma uma excelente oportunidade de se mensurar o andamento da cidade para frente ou para trás, desde que as duas situações são freqüentes. Não deveria sê-lo. As coisas só deveriam andar para frente, para o alto, mas infelizmente não é assim. No caso presente, em nosso ponto de vista, andou bem para a frente. O Chame-Chame, em dias de chuva, era um caos: virava um lago por inteiro. Normalmente, o canal que ali passa desde o Dique de Tororó até a Avenida Oceânica, exalava um mau cheiro inaceitável em qualquer lugar. De qualquer sorte sempre foi um lugar bonito. Vejamos algumas fotos daquela época:




No que se refere ao canal que ali passa e hoje se encontra sob tubos, alguns setores condenam esse procedimento. Que nunca deveria ser feito! Que o prefeito que fez a obra (Fernando Henrique) errou feio.  A oportunidade é excelente para se fazer as correções devidas e a principal delas é a verdadeira autoria desse canal. O mesmo foi feito pelo Governador Juracy Magalhães, quando da construção do túnel que liga o Dique do Tororó ao Chame Chame entre 1959 e 1960. O córrego corria solto, ai este governador cimentou suas bordas. Não pode ser considerado como tendo sido um erro. O Rio dos Seixos já era na época. A obra precisava ser feita. 



Túnel ligando o Dique do Tororó ao Chame-Chame
O que se sabe, efetivamente é que essa região fez parte do espaço pertencente ao primeiro donatário da Bahia, Francisco Pereira Coutinho e como era próxima da Vila da Graça dos Tupinambás, deveria ser uma área muito visitada, própria para pesca, possivelmente até de camarão.
 






O rio que estamos vendo acima, sua largura, etc. pode ser datado do principio do século XX. Note-se que ao redor só tem mato, possivelmente pertencente a, pequenos sítios. Nessa época, sim, poderia ter sido alargado, beneficiado e aí o Chame-Chame de hoje seria bem diferente, com reflexo em toda a Barra.Ela foi inaugurada  em 2008 (projeto de Diógenes Rebouças).

Vejamos foi ela é hoje:



Já que estamos falando do Chame-Chame-, vale registrar “tudo” que se sabe sobre o mesmo, inclusive uma referência a uma residência que passou a se chamar a “Casa do Chame-Chame”. Dir-se-ia em verdade que nada tem a haver com a história do bairro, contudo, agrega-se ao mesmo pelo inusitado do fato.

Ficava localizada na rua Plinio Moscoso no coração do bairro. Tinha o número 294.

Essa cada foi a única residência projetada pela grande arquiteta Lina Bo Bardi. Já foi demolida em 1984 e seu lugar levantaram um prédio qualquer..Qualquer pessoa que passar hoje pela rua Plínio Moscoso, no Chame-Chame, dificilmente pode imaginar que o número 294 abrigava a única residência projetada por Lina Bo Bardi em Salvador. A casa foi demolida em 1984  para dar lugar a um prédio  banal, pois seu muro baixo e a ausência de grades eram insuficientes diante das  mudanças pelas quais a cidade passou.

Por 20 anos, a família do professor universitário, procurador-geral de Justiça na Bahia e deputado Rubem Nogueira viveu no  endereço, apelidado de "casa de pedra".


Hoje quem passa pela rua Plínio Moscoso, no Chame-Chame, dificilmente pode imaginar que o número 294 abrigava a única residência projetada por Lina Bo Bardi em Salvador. A casa foi demolida em 1984  para dar lugar a um prédio  banal, pois seu muro baixo e a ausência de grades eram insuficientes diante das  mudanças pelas quais a cidade passou.
Por 20 anos, a família do professor universitário, procurador-geral de Justiça na Bahia e deputado Rubem Nogueira viveu no  endereço, apelidado de "casa de pedra".. Há de se detalhar que ao meio da casa existia um tronco de uma mangueira.

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