Há dias atrás demos inicio a uma
série de postagens sobre Salvador em dois tempos, ou seja, como era e como é
agora. Sem dúvida alguma uma excelente oportunidade de se mensurar o andamento
da cidade para frente ou para trás, desde que as duas situações são freqüentes.
Não deveria sê-lo. As coisas só deveriam andar para frente, para o alto, mas
infelizmente não é assim. No caso presente, em nosso ponto de vista, andou bem
para a frente. O Chame-Chame, em dias de chuva, era um caos: virava um lago por
inteiro. Normalmente, o canal que ali passa desde o Dique de Tororó até a
Avenida Oceânica, exalava um mau cheiro inaceitável em qualquer lugar. De
qualquer sorte sempre foi um lugar bonito. Vejamos algumas fotos daquela época:
No que se refere ao canal que ali
passa e hoje se encontra sob tubos, alguns setores condenam esse procedimento.
Que nunca deveria ser feito! Que o prefeito que fez a obra (Fernando Henrique)
errou feio. A oportunidade é excelente
para se fazer as correções devidas e a principal delas é a verdadeira autoria desse
canal. O mesmo foi feito pelo Governador Juracy Magalhães, quando da construção
do túnel que liga o Dique do Tororó ao Chame Chame entre 1959 e 1960. O córrego
corria solto, ai este governador cimentou suas bordas. Não pode ser considerado
como tendo sido um erro. O Rio dos Seixos já era na época. A obra precisava ser
feita.
Túnel ligando o Dique do Tororó ao Chame-Chame
O que se sabe, efetivamente é que
essa região fez parte do espaço pertencente ao primeiro donatário da Bahia,
Francisco Pereira Coutinho e como era próxima da Vila da Graça dos Tupinambás,
deveria ser uma área muito visitada, própria para pesca, possivelmente até de
camarão.
O rio que estamos vendo acima,
sua largura, etc. pode ser datado do principio do século XX. Note-se que ao
redor só tem mato, possivelmente pertencente a, pequenos sítios. Nessa época, sim, poderia ter sido
alargado, beneficiado e aí o Chame-Chame de hoje seria bem diferente, com reflexo em toda a Barra.Ela foi inaugurada em 2008 (projeto de Diógenes Rebouças).
Vejamos foi ela é hoje:
Já que estamos falando do Chame-Chame-, vale registrar
“tudo” que se sabe sobre o mesmo, inclusive uma referência a uma residência que
passou a se chamar a “Casa do Chame-Chame”. Dir-se-ia em verdade que nada tem a
haver com a história do bairro, contudo, agrega-se ao mesmo pelo inusitado do
fato.
Por 20
anos, a família do professor universitário, procurador-geral de Justiça na
Bahia e deputado Rubem Nogueira viveu no endereço, apelidado de
"casa de pedra".
Por 20
anos, a família do professor universitário, procurador-geral de Justiça na
Bahia e deputado Rubem Nogueira viveu no endereço, apelidado de
"casa de pedra".. Há de se detalhar que ao meio da casa existia um tronco de uma mangueira.
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