FLORES PARA IEMANJÁ
Em 1923, inexplicavelmente, houve uma expressiva
queda na produção de peixes. Os pescadores estavam apavorados. Não tinham outra
forma de sustento. Iemanjá estaria contra eles, insatisfeita por qualquer razão?
O que fazer? Resolveram presenteá-la com alguma coisa. Mas eles eram pobres e
não poderia ser algo de muito valor. Tiveram então a idéia de juntar num balaio
pequenos "presentes" e em 2 de fevereiro daquele ano levaram –no até alto mar e
fundearam a oferenda. Nenhuma das peças voltou
à superfície e entenderam que Iemanjá gostou da oferta e tanto isso é verdade
que, já na semana seguinte, os peixes voltaram em grande número. No ano
seguinte se repetiu a cena até os dias de hoje.
Talvez tenha sido através dessa cerimônia
simples e bela que nos dias atuais, não sendo possível presentear a Rainha do
Mar com um balaio cheio de presentes, o povo simplificou a oferta com uma
simples flor jogada na superfície do mar. Geralmente ela simboliza sonhos e
desejos e Iemanjá com certeza aceita o belo gesto.
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