O mundo está repleto de grandes maravilhas arquitetônicas. Todas elas são um enorme patrimônio da humanidade e as nações que as possuem têm o maior orgulho, ao tempo em que procuram divulgá-las de todas as formas possíveis, antigamente como uma demonstração de poder e nos tempos atuais para fortalecer correntes turísticas.
Uma das formas de realçar essas qualidades é a organização de uma relação das mais notáveis dessas atrações. Convencionou-se, por exemplo, a divulgação das 7 maravilhas de uma determinada época. A coisa começou com os gregos entre os anos 100 a 150 dc., hoje conhecida como as 7 Maravilhas do Mundo Antigo.
Vejamo-las:
1. Brasil – Cristo Redentor, Rio de Janeiro (Christ Redeemer, Brazil)*
2. China – Grande Muralha da China (The Great Wall of China)
3. Índia – Taj Mahal (The Taj Mahal, India)*
4. Itália – Coliseu, Roma (The Roman Colosseum, Italy)
5. Jordânia – Petra (Petra, Jordan)*
6. México – Pirâmides de Chichén Itzá, Yucatan (Chichén Itzá, Mexico)
7. Peru – Machu Picchu (Machu Picchu, Peru)*
Pela ordem que se vem adotando: Igreja da Pampulha – Ponte Hercílio Luz – Museu de Arte Moderna de São Paulo – Real Príncipe de Beira – Teatro da Paz – Oficina Brennand e Itaipú.
Sem dúvida uma série belíssima, mas que merece uma contestação. Primeira delas, é a ausência do Cristo Redentor, incluso entre as 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Logo, seria normal a re-indicação do monumento. Como foi feito, pode ficar a impressão de que os brasileiros não aprovaram sua indicação entre as 7 Maravilhas do Mundo Moderno.
Uma outra grande ausência nessa relação é o nosso Farol da Barra, não somente pela sua beleza e localização, mas principalmente pela sua história. Inicialmente, o Morro do Padrão onde ele foi construído, é o marco de posse das terras brasileiras por Portugal. Nele foi colocado o “padrão de posse” , daí o seu nome.
Inicialmente foi um forte e sua construção é do século XVI. Teve um papel importante na luta contra a invasão holandesa, na guerra da Independência e na Sabinada. A sua construção foi iniciada pelo primeiro donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho em 1536, tendo inicialmente forma de torre com dez lados. Foi reformado entre 1583 e 1587 por Manoel Teles Barreto e mais tarde entre 1602 e 1702.
O farol fica dentro do forte e sinaliza em dois sentidos: o banhado pelas águas abertas e agitadas do Oceano Atlântico e o banhado pelas águas tranquilas da Baía de Todos os Santos.
Foi instalado ao final do século XVII durante o Governo Geral de João de Lencastre (1694-1702). Era um torreão quadrangular encimado por uma lanterna de bronze alimentada por óleo de baleia. Teria sido o primeiro do Brasil e do Continente Americano (1698) quando passou a ser chamado de “Vigia da Barra”, mais tarde “Farol da Barra”.
Em 6 de julho de 1832 por Decreto Regencial foi determinada a instalação de um novo farol de fabricação inglesa. Ao término das obras, inauguradas em 2 de dezembro de 1839, o novo farol de luz catóptica (1) erguia-se sobre uma torre troncônica(2) de alvenaria com alcance de 18 milhas náuticas em tempo claro.
(1)Relativo ou pertencente a um espelho ou à luz refletida.
(2) Significado de Troncônico (tronco+cônico) Que forma cone truncado.
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