Pelourinho, Rua da Forca e Piedade, três localidades que tem certa similaridade em razão de acontecimentos havidos no passado. No Pelourinho os criminosos eram torturados e expostos a execração pública; a Rua da Forca tem esse nome em razão de que os criminosos condenados à forca, passavam por essa rua em direção à Piedade. Com grande acompanhamento popular, caminhavam pela Rua Carlos e na altura da Rua da Forca, dobravam à esquerda em direção à Piedade: nesta praça era feita a execução dos ditos cujos.
Antiga Rua Carlos Gomes
Rua Carlos Gomes hoje
Placa da Rua da Forca
Rua da Forca
É sobre essa praça que essa postagem vai tratar. È uma grande praça! Uma das melhores de nossa cidade! Seu acervo é impressionante: tem duas grandes igrejas; o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia; o Gabinete Português de Leitura e de sobra, a antiga sede da Secretaria da Segurança Pública.
Fica ao longo da Avenida 7 de setembro, logo após São Pedro.
Avenida 7 de setembro – Ao fundo vê-se a torre da Igreja de São Pedro na Praça da Piedade
A mesma avenida século XIX
Praça da Piedade – Igreja de N.S da Piedade
Praça da Piedade – Instituto Histórico
No século XVIII era a principal praça da cidade। Um dos fatos mais marcantes de sua história foi a execução dos condenados da Conjuração Baiana em 8 de novembro de 1799। Seu principal figurante, Luiz Gonzaga das Virgens teve a cabeça e as mãos decapitadas, ficando as mesmas expostas na tradicional praça। Tenha piedade! Inicialmente foi chamada de Praça do Hospício em razão da construção do Hospício de Nossa Senhora da Piedade onde está localizada a Igreja e o Convento da Piedade. E como se originou o nome “Praça da Piedade”? Conta-se que ao tempo de 1895 a população tinha costume de depredá-la sem dó e sem piedade!
Ou “tenham piedade da praça”, conforme excelente manifesto do médico José Jorge Almeida Pimenta retratando os dias atuais da grande praça.
“Excesso de liberalidade e de acolhimento, esta é a nossa tese que busca explicar a razão para o estado deplorável e de total imundice pelo qual passa a nossa Praça da Piedade.
Praticamente o "jardim" da Secretaria de Segurança Pública (SSP), área que deveria ser de segurança máxima no Estado da Bahia, com policiamento exemplar, podem-se ver famílias inteiras e delinqüentes a alojarem-se com colchões e utensílios domésticos no espaço público, onde a população se depara com fezes e urina humanas, restos de alimentos e todo o tipo de lixo. A exploração de crianças por adultos que as forçam a pedir esmolas, o uso inadequado da fonte luminosa para banhos, lavagem de roupas, depredando, assim, o patrimônio público (já serraram até o braço de uma das estátuas,) constituem crimes flagrados corriqueiramente pelo poder público que os ignora. Daí o excesso de liberalidade.
No nosso entendimento, ainda que nutramos o sentimento de humanidade e caridade com nossos semelhantes menos favorecidos, poderíamos (mesmo porque merecemos) ter a nossa Praça da Piedade, no mínimo, limpa e bem conservada, afinal pagamos caríssimo pela colocação dos bancos de granito, pelo gradil fantástico, pela restauração da fonte luminosa e das estátuas, isso sem falar do belo jardim com gramado e bordas antes impecáveis.”
“Excesso de liberalidade e de acolhimento, esta é a nossa tese que busca explicar a razão para o estado deplorável e de total imundice pelo qual passa a nossa Praça da Piedade.
Praticamente o "jardim" da Secretaria de Segurança Pública (SSP), área que deveria ser de segurança máxima no Estado da Bahia, com policiamento exemplar, podem-se ver famílias inteiras e delinqüentes a alojarem-se com colchões e utensílios domésticos no espaço público, onde a população se depara com fezes e urina humanas, restos de alimentos e todo o tipo de lixo. A exploração de crianças por adultos que as forçam a pedir esmolas, o uso inadequado da fonte luminosa para banhos, lavagem de roupas, depredando, assim, o patrimônio público (já serraram até o braço de uma das estátuas,) constituem crimes flagrados corriqueiramente pelo poder público que os ignora. Daí o excesso de liberalidade.
No nosso entendimento, ainda que nutramos o sentimento de humanidade e caridade com nossos semelhantes menos favorecidos, poderíamos (mesmo porque merecemos) ter a nossa Praça da Piedade, no mínimo, limpa e bem conservada, afinal pagamos caríssimo pela colocação dos bancos de granito, pelo gradil fantástico, pela restauração da fonte luminosa e das estátuas, isso sem falar do belo jardim com gramado e bordas antes impecáveis.”
Igreja Nossa Senhora da Piedade vista através dos gradis de Caribé
Igreja de São Pedro ainda através dos mesmos gradís
Destaque maior para os maravilhosos gradis do grande artista
Ainda o Chafariz
Belíssima decoração
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