PRIMEIRA PARTE
Este blog durante três ou mais
anos vem relatando a história de Salvador desde o seu inicio aí pelos anos de
1549 até os dias de hoje. Inicialmente, especificou a Cidade Baixa; depois, a
pedidos, tratou também da Cidade Alta.
Confessamos, todavia, que detalhamos
com maior especificidade, a Cidade Baixa. Moramos nela durante muitos anos -
mais de 50. Tínhamos mais estudo sobre ela.
Esta preferência se tornou
importante pelo fato de que esta parte da cidade é a que mais se degradou ao
longo do tempo, razão pela qual, num momento como este, de eleição de novos
dirigentes de nossa capital, pode ajudar de alguma forma no projeto de governo
dos candidatos de relação a essa parte da cidade.
Não estamos sendo cabotinos ou
fantasiosos, mas ninguém pode negar hoje em dia, a importância da internet na
orientação de todas as coisas da vida, inclusive as coisas de uma cidade. É o que estamos fazendo.
Faremos uma sucessão de postagens
sem nenhuma preferência pessoal por qualquer dos candidatos, tão somente
interessados em colaborar de alguma forma para a gestão do vencedor.
Vamos começar com os principais acessos que
a cidade possui ou venha a possuir entre a Cidade Alta e a Baixa.
Primeiramente, temos as ladeiras: Montanha, Preguiça, Conceição da Praia,
Pilar, Taboão, Lapinha e Água Brusca.
Em seguida há de se tratar dos
elevadores Lacerda, Gonçalves, Taboão, Pilar e Calçada (Liberdade).
Sobre os mesmos (ladeiras e elevadores) fizemos diversas
postagens ao longo desses anos. Vamos nos recordar de muitas delas,
naturalmente acrescentando novos elementos.
CONFLUÊNCIA DA LADEIRA DA MONTANHA COM AS LADEIRAS DA CONCEIÇÃO
PREGUIÇA E AV. CARLOS GOMES.
Vamos começar por esse lugar que
pouca gente trata, mas que é muito importante. Fica localizado na confluência
entre as Ladeiras da Montanha, Conceição da Praia, Preguiça e Avenida Carlos Gomes,
bem no centro de Salvador, proximidades da Praça Castro Alves.
Antigamente funcionava ali um estacionamento
para carros pertencente a uma dessas empresas especializadas do setor. Sua
estrutura era em três níveis, descendo a Ladeira da Preguiça, conjuntamente com a Ladeira da Conceição da
Praia e ainda acesso pela Ladeira da Montanha. Ainda estão lá as divisórias em
telas de arame.
Pois bem! Antigamente
esse lugar era assim:
Quatro grandes prédios ocupavam este espaço, como que vindos
da Ladeira da Montanha. Na esquina ainda
não existia o Edifício Sulacap. A Avenida Carlos Gomes segue no meio dessas
edificações paralelas.
Em seguida, fez-se o Edifício Sulacap e ainda a esse tempo,
os quatro prédios referidos que vinham da Ladeira da Montanha, permaneciam no
lugar:
Há de se reparar a “falha” , digamos assim, que o
ex-estacionamento provoca. É como que um
buraco bem no centro da cidade. Simplesmente horrível!
Mas por que estamos iniciando esse trabalho
ressaltando esse espaço? Pela seguinte razão: fala-se muito na recuperação
dessa área a partir da Ladeira da Montanha, construída no século XIX na gestão do
Presidente da Província da Bahia, Barão Homem de Melo, daí o seu nome oficial:
Ladeira Barão Homem de Melo.
Segundo se fala, a Ladeira da Montanha passaria por uma
revitalização que prevê a transformação dos imóveis da área em pousadas,
restaurantes, etc., além da criação de belvederes para contemplação da vista da
Baia de Todos os Santos. Voltaria a se tornar uma área de boemia, como era no
passado, guardadas as devidas proporções.
No mesmo projeto, a Rua Chile vai passar por uma recuperação
das fachadas de seus prédios que devem ser transformados em futuras moradias e
ter as calçadas alargadas.
Abrindo aqui um parêntese, ainda de relação à Rua Chile, não
se acredita muito em transformação dos prédios em moradias, desde que grande
parte da famosa rua é ocupada de um lado pela lateral do Palácio do Governo e
do outro pelo ex Hotel Pálace, (vamos
ser mais realistas). Seria melhor pensar na recuperação do hotel que tem uma
estrutura belíssima. Talvez fazendo uma cobertura de toda a rua e
transformando-a num shopping, fosse muito melhor. Providência dessa natureza já
foi realizada em alguns países.
Retornando à nossa extraordinária Ladeira da Montanha com o
Elevador Lacerda passando por cima (única no mundo), cabe-nos salientar que são
horríveis os prédios à direita da ladeira.
Melhor seria que eles fossem demolidos afim de descortinar a excepcional vista da
Baía de Todos os Santos, aliás, como é hoje em dia parte dela:
E se perderia a ideia de transformar a ladeira num espaço
boêmio como se está dizendo?
Primeiramente, esqueçamos que não estamos mais no tempo do
63 ou do 64. Se se pensa recuperar o espírito de uma época, é de bom alvitre
lembrar que estamos noutros tempos e lugares: por exemplo, hoje temos toda a
orla marítima para os diversos devaneios.
O que realmente se deve fazer é o aproveitamento do espaço
do antigo IAPI, ou seja, do ex-estacionamento e aí construir belvederes, bares,
restaurantes com vista para o mar. O local está pronto para esta realização
pelo futuro prefeito.
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