SEGUNDA PARTE
“Do lado oeste da Praça Tomé de Souza, lado
do mar de Salvador, fica o Elevador Lacerda. Ele não é o único elevador público
no mundo, contudo, talvez seja o mais significativo, em considerando a
importância que tem no transporte de pessoas de uma parte mais baixa de uma
cidade para a sua parte alta.
Agora imaginem os senhores que esse
equipamento foi idealizado e construído em 1873, uma época que ninguém tinha
carro e mesmo o transporte coletivo era precário.
Ainda como fato inédito na história das
“urbis” de todo o mundo – Urbi Et Orbi” – talvez seja o único que possui uma
passarela sobre uma ladeira também de grande importância urbana, que não é
outra senão a nossa Ladeira da Montanha, oficialmente, Ladeira Barão Homem de
Melo.”
O trecho acima foi escrito por
nós em 2/2/2011. Como se vê, destacamos a importância desse elevador para a
cidade de Salvador antes (1873) como
hoje (2012). Se anteriormente sua
importância era devida a precariedade de transporte, hoje, com uma população na
ordem de 3 milhões de pessoas, ele se torna uma equipamento básico e
fundamental de uma cidade com dois níveis como a nossa.
Apesar disso, sente-se ao longo
dos anos, um descaso por parte de nossos dirigentes de relação ao referido
equipamento. Pela sua importância, pelo tempo de sua existência, ele deveria
ter uma excelência de serviço de primeiríssima qualidade técnica, o melhor do
mundo, custasse o que custasse. Tem que se pensar assim!
Não é o que vem acontecendo.
Houve momentos nesse ano e no anterior que duas ou três cabines não funcionaram
por dias e mais dias, provocando filas e mais filas de usuários, tanto
moradores da cidade quanto turistas.
Essas paralisações denotam que os
equipamentos que possuímos não são os melhores existentes – deve ter coisa bem
melhor.
Seja como for, estranha-se que
após quase 500 anos de existência (463 anos), não se tenha pensado em sistemas
de escada rolante ligando as duas partes da cidade. São muito mais efetivas do
que qualquer elevador. Elas são ininterruptas; funcionam sem parar em nenhum
momento. Não é por outra razão que os metrôs de vários níveis, como existem em
São Paulo, esses equipamentos são usados com a maior eficiência. Claro que os elevadores continuariam; apenas serão ajudados na labuta de descer e subir das pessoas.
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