Noutro
dia um famoso apresentador de televisão comentava que antigamente andava-se em
Curitiba às duas horas da manhã sem qualquer receio de assalto, etc. etc. e até
mesmo uma mulher podia fazê-lo, sem nenhum problema.
Salvador
também era assim entre os anos 40 e 60. O autor desse blog que é daquela época,
atesta isto com todas as letras. Morava em Itapagipe, estudava à noite no
Central e as 22 e até 23 horas, caminhava de Nazaré até a Praça Municipal para
descer no Elevador Lacerda e pegar o último bonde em direção à península. Às
vezes, vinha pela Mouraria; descia a ladeira que dava na Praça dos Veteranos na
Baixa dos Sapateiros; subia a Ladeira da Praça, na época uma zona de
prostituição e já que estamos falando em ladeira, lembramo-nos que às vezes descia
a Ladeira da Conceição da Praia, também uma zona de prostituição ou próxima
dela (Ladeira da Montanha e da Preguiça).
Hoje,
estamos sendo assaltados em plena luz do dia. Ai os responsáveis pela segurança
da cidade pede que as pessoas tenham cuidado com as bolsas; não use joias,
essas coisas.
Falando
em joias, lembramo-nos que as moças saíam aos domingos à noite para a Cubana
tomar sorvete, cheias de joias; em seguida, davam um pulo na Rua Chile para
apreciar as vitrines da Sloper e Duas Américas que se mantinham iluminadas
internamente. Em seguida pegavam os ônibus em direção às suas residências. Às
vezes 8 ou 9 horas da noite, ainda ostentando suas joias. Não era apenas
brinquinho de ouro; eram joias de verdade, de braço, grossas, maravilhosas, às
vezes pertenciam às avós e tias ou delas herdadram..
Voltando
aos responsáveis pela segurança dos cidadãos, alegam que a população cresceu
muito; muita gente sem emprego, essas coisas. Outros tempos ou novos e maus tempos de hoje..
Não
é bem assim! Em 2002 o então prefeito de Nova York uma das mais populosas cidades do
mundo, implantou a política chamada de “tolerância zero”. Certos bairros da
cidade eram um caos; totalmente dominado pelos bandidos. Prendeu todos que eram
suspeitos. Proibiu-os de circular pela cidade sem uma razão plausível. Não
tinha conversa.
Rodolph William (ex-Prefeito de Nova York)
Nova York
Aí
vemos voltar para Salvador de hoje. Barra, por exemplo. Muita gente fazendo
Cooper no fim da tarde ou principio da noite. Após a volta do trabalho. Olhemos
em torno. Na balaustrada sentados estão diversos “jovens” “olhando” o
movimento. De repente, passa uma mocinha com uma simples correntinha no
pescoço, ou um rádio de ouvido, ou um celular na cintura, (coisas de hoje) e é
assaltada. Em seguida correm pela praia. A poucos metros uma dupla de policiais
está parada e nada faz. Antes, esses mesmos policiais passaram por onde estavam
os bandidos sentados na baluastrada e também nada fizeram. O velho direito de ir e
vir e até de ficar. Claro que eles sabiam que os caras estavam ali para praticar
roubos como o descrito acima. É evidente, mas permitem. Se fossem retirados
antes, nada aconteceria. Uma simples prevenção; uma especie de tolerância zero de Nova
York.
Barra
Às favas com certas leis. Estão erradas. Fora da realidade. Vejam
outro exemplo significante: a permissão do consumo de drogas. Só o tráfico é
proibido e dá cadeia. Racionemos, contudo. Se não houvesse consumo, não haveria
tráfico. Ninguém vai instalar um negócio onde não há mercado. É burrice!
Falência certa. É o fim do mundo.
Saudosista,
haverão de dizer muitos. Sem dúvida. Outros tempos, belos dias, segundo famosa
música. Preferimos assim.
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