Vimos na postagem anterior como aconteceu a transferência dos feirantes da antiga Feira do Sete para Água de Meninos. Em pouco tempo ela se consolidou. Tornou-se a principal feira de Salvador. Todo o espaço do grande
terreno foi literalmente ocupado. Agora eram centenas de barracas de todos os
tipos e formas, inclusive pequenos restaurantes. Esses surgiram por força de
uma necessidade. A maioria comia ali mesmo.
Diferentemente da antiga Feira do Sete quando, na sua maioria,
os feirantes moravam nas proximidades do Pilar, os de Água de Meninos tinham
residência longe. Em conseqüência almoçavam na própria feira. Era o inicio de
um hábito que se consolidaria ao longo do tempo.
Também teve grande incremento a venda de produtos de cerâmica. Chegavam em saveiros provenientes das ilhas e do recôncavo. Tinha-se um porto fácil e seguro.
Também teve grande incremento a venda de produtos de cerâmica. Chegavam em saveiros provenientes das ilhas e do recôncavo. Tinha-se um porto fácil e seguro.
Produtos de cerâmica e os saveiros que os transportava
Também carvão de suma importância na época - Todas as formas de aquecimento eram feitas através dele.
Um detalhe pouco conhecido da nova feira era o trem que passava ao meio dela. Há de se pensar que esse trem trazia produtos para própria feira, de sua negociação. Nada disto! Ele ia buscar madeira carbonizada destinada à movimentação dos trens à vapor da Leste Brasileiro. Trazia à reboque duas composições descobertas destinadas a recolher centenas de metros cúbicos de carvão. Saia da estação da Calçada e atravessava o largo em frente; cortava a Av. Oscar Pontes e do outro lado seguia costeando o mar (ainda não existia o edifício onde foi a Petrobrás e hoje é um colégio); alcançava a feira numa de suas extremidades e entre barracas e tabuleiros chegava próximo ao mar onde aportavam os saveiros de carvão e outros.
Um trem mais ou menos assim: uma locomotiva e vagões atrás para carrego do carvão
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