Este blog por diversas vezes
teceu elogios ao ex-prefeito, João Henrique, de relação a duas obras realizadas
em sua gestão: as tubulações dos canais do Chame-Chame e da Vasco da Gama.
Atual Avenida Centenário
Referidos elogios foram contra
diversos setores da imprensa que consideraram as referidas obras até um crime à
natureza de nossa cidade. Um desses setores chegou a afirmar que o referido
político “teria sepultado os dois últimos rios de Salvador”.
Mas que rios? O Rio dos Seixos no
Chame e o Rio Lucaia na Vasco da Gama?
Esses rios já “eram” há muito
tempo. Por exemplo, o Rio dos Seixos foi canalizado em 1951 pelo então
governador Juracy Magalhães, quando fez o túnel que dá acesso à Avenida
Centenário de quem vem do Dique do Touro. Não foi o ex-prefeito que o
canalizou. Na época, a maioria dos edifícios construídos no seu entorno
despejava seus detritos no referido canal. Os “restos mortais” desse canal
eram despejados na Praia do Farol, em frente ao atual Hotel Pascoal, causando
uma depressão na praia em frente de quase um metro de profundidade. Por vezes,
até, as águas fétidas faziam um canal que se dirigia até próximo ao Farol. Uma lástima! Vez em quando ainda despejam:
Outro grande problema do
Chame-Chame ao tempo do canal eram as inundações ocorridas em dias de chuva.
Formava-se um lago, cobrindo inclusive as duas pistas. O fato ocorria em razão
do despejo das águas provenientes da Graça e da Barra Avenida pelas diversas
ladeiras existentes no local, todas desembocando no Chame-Chame.
Após a inauguração da nova
avenida, determinado jornal publicou uma matéria criticando a obra e num
determinado trecho previa que na “próxima chuva que a cidade tivesse, aquela
tubulação não resistiria e ter-se-ia uma tragédia de conseqüências inimagináveis”.
Confessamos que ficamos
apreensivos, desde que moramos nas proximidades e no dia que caiu um temporal
na cidade, ficamos atentos aos acontecimentos chuvosos. Nada aconteceu! A água
fluiu mansamente como que num passe de mágica.
Mas, enquanto fazíamos esses
elogios por razões que achávamos justas, hoje temos a lamentar o descaso que o
ex-prefeito tratou a questão dos elevadores e planos inclinados da cidade. O
Plano Gonçalves parou faz dois anos; o da Liberdade também deixou de funcionar; o do Taboão já era e até o Elevador Lacerda funcionou por diversas vezes, apenas com uma cabine. O Pilar ainda funciona, mas sem nenhuma melhoria. Um descaso total.
Elevador Lacerda
Plano Inclinado Gonçalves
Plano Inclinado da Liberdade
Com isto grande parte da
população ficou prejudicada, desde que esses equipamentos são fundamentais para
o deslocamento das pessoas entre os dois níveis de nossa cidade. O problema
atingiu seriamente o comércio existente na Cidade Baixa, bem como trouxe
embaraços aos estudantes das diversas faculdades que se instalaram na área do
Comércio.
Em verdade, nossos governantes
ainda não enxergaram a importância econômica, turística, etc. etc. de nossos
elevadores e planos inclinados. Eles deveriam ser tratados de forma muito
especial. O Elevador Lacerda, por exemplo, é o único no mundo através do qual
passa uma ladeira de grande movimento (Ladeira da Montanha). Suas cabinas
deveriam ser as melhores de toda a indústria mundial do setor. Deveria ter a melhor
iluminação que se possa fazer. Os carabineiros e outros funcionários deveriam
se vestir diferenciadamente. Poderiam ser contratadas recepcionistas
billingues para orientação aos turistas estrangeiros, pelo menos nas épocas de maior fluxo.
Para que tanto? Para o bem de
Salvador e da Bahia!
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