De vez em quando a Baía de Todos os Santos sofre com um fenômeno conhecido
como "maré vermelha" causado pela floração de pequenas algas chamadas
de dinoflagelados.Vejam os que os especialistas dizem sobre o fenômeno:
"Os dinoflagelados são organismos unicelulares agrupados numa divisão
das algas chamada de Pyrrhoplyta. Em grego significa "planta cor de
fogo". O nome está relacionado à presença de pigamentos de coloração
avermelhada no interior das células dessas microalgas".
A razão do seu aparecimento está na contaminação da água por esgotos provenientes principalmente dos Alagados. Dependendo da espécie de alga, a mancha pode adquirir coloração vermelha, marrou, laranja, roxa ou amarela. Uma vez que a água nem sempre fica vermelha, o termo "maré vermelha" vem sendo substituído por "floração de algas nocivas" ou simplesmente "FAN".
É uma calamidade ambiental que liquida todos os peixes e crustáceos
existentes no local com reflexos praticamente infinitos, ou seja, o lugar
jamais voltará ser o mesmo.
Nesse sentido, vale lembrar que nos idos de 1950/60, o canal que separa
Salvador da Ilha de Itaparica era um excepcional viveiro de vermelhos. Hoje só
se consegue pescar esse tipo de peixe em alto mar em frente a Amaralina e Itapuã.
Claro que essa água não pode ser própria para banho de mar de ninguém.
Em caso de água doce como, por exemplo, no Dique do Tororó, quando a água está contaminada, surgem as chamadas baronesas que tem o poder de contemporizar o sistema, sem que o mesmo fique sadio. Jamais!
Dique do Tororó antigamente
Baronesa
Em postagem sobre o Dique do Tororó, escrevemos o que segue sobre as baronesas:
Geralmente é uma praga, mas também tem seu lado bom. Vejamos por que: ela é quase água (95%). Apresenta-se suspensa e flutua livremente enroscada em obstáculos, presa ao solo em locais de água rasa e até pode se enraizar em locais secos. Ela flutua por que possui pecíolos cheios de cavidade de ar. Serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos, servindo também como que um filtro natural e tem a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes. Assim, se um lago estiver poluído, suas raízes longas e finas com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura.
Tudo isto vem a propósito em razão das “espumas flutuantes” que estão aparecendo nas praias do Rio de Janeiro. As autoridades locais estão dizendo que não é nada demais, que não é tóxica, que os cariocas e turistas podem tomar seu banho de mar tranquilamente.
As espumas do Rio... o Havaí é aqui...
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