segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

AS ESPUMAS FLUTUANTES DO RIO DE JANEIRO

De vez em quando a Baía de Todos os Santos sofre com um fenômeno conhecido como "maré vermelha" causado pela floração de pequenas algas chamadas de dinoflagelados.Vejam os que os especialistas dizem sobre o fenômeno:

"Os dinoflagelados são organismos unicelulares agrupados numa divisão das algas chamada de Pyrrhoplyta. Em grego significa "planta cor de fogo". O nome está relacionado à presença de pigamentos de coloração avermelhada no interior das células dessas microalgas". 

A razão do seu aparecimento está na contaminação da água por esgotos provenientes principalmente dos Alagados. Dependendo da espécie de alga, a mancha pode adquirir coloração vermelha, marrou, laranja, roxa ou amarela. Uma vez que a água nem sempre fica vermelha, o termo "maré vermelha" vem sendo substituído por "floração de algas nocivas" ou simplesmente "FAN".

É uma calamidade ambiental que liquida todos os peixes e crustáceos existentes no local com reflexos praticamente infinitos, ou seja, o lugar jamais voltará ser o mesmo.

Nesse sentido, vale lembrar que nos idos de 1950/60, o canal que separa Salvador da Ilha de Itaparica era um excepcional viveiro de vermelhos. Hoje só se consegue pescar esse tipo de peixe em alto mar em frente a Amaralina e Itapuã.

Claro que essa água não pode ser própria para banho de mar de ninguém.

Em caso de água doce como, por exemplo, no Dique do Tororó, quando a água está contaminada, surgem as chamadas baronesas que tem o poder de contemporizar o sistema, sem que o mesmo fique sadio. Jamais!

Dique do Tororó antigamente 

Baronesa

Em postagem sobre o Dique do Tororó, escrevemos o que segue sobre as baronesas:

Geralmente é uma praga, mas também tem seu lado bom. Vejamos por que: ela é quase água (95%). Apresenta-se suspensa e flutua livremente enroscada em obstáculos, presa ao solo em locais de água rasa e até pode se enraizar em locais secos. Ela flutua por que possui pecíolos cheios de cavidade de ar. Serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos, servindo também como que um filtro natural e tem a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes. Assim, se um lago estiver poluído, suas raízes longas e finas com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura.

Tudo isto vem a propósito em razão das “espumas flutuantes” que estão aparecendo nas praias do Rio de Janeiro. As autoridades locais estão dizendo que não é nada demais, que não é tóxica, que os cariocas e turistas podem tomar seu banho de mar tranquilamente.

As espumas do Rio... o Havaí é aqui...

Achamos uma irresponsabilidade e ainda hoje num programa de TV, um oceanófilo  de origem nipônica, declarou que as espumas são uma reação de determinada alga às águas de esgotos que são despejadas na Baía de Guanabara; que a água está efetivamente contaminada. Logo um aviso aos que nos lêem no Rio de Janeiro e aos turistas que para lá vão. Cuidado! Isso não pode ser normal!



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