A Bahia fez
mais uma vez a Lavagem do Bonfim. Milhares de pessoas cobriram de branco as
velhas ruas da Cidade Baixa num movimento mágico de uma caminhada de 6
quilômetros e meio com inicio na Conceição da Praia e término na Colina do
Senhor do Bonfim.
Lavagem
Repete-se
assim um movimento histórico com mais de 100 anos, apesar do procedimento de
lavagem propriamente dito, ter inicio desde 1754 quando o templo foi inaugurado.
Na época a lavagem era feita por escravos com vistas às festas que se
comemoravam em janeiro de cada ano.
Aos poucos,
entretanto, os romeiros e o povo de um modo geral foram se integrando à faxina e
o faziam com alegria (hoje seria curtição) onde se incluíam danças e cânticos das religiões afro-brasileiras se
é que assim podemos classificar.
Com o fim da
escravidão em 1888, sem mais a obrigação dos escravos lavarem efetivamente o
templo, o povo simbolicamente assumiu o que se passou a denominar a “Lavagem do
Bonfim” antes restrita aos espaços em torno do templo. Hoje alcança quilômetros
de grande parte da cidade.
Diz-se que a
Lavagem é a preparação da igreja para os grandes festejos em homenagem ao
Senhor do Bonfim. A preparação do local para o Domingo do Bonfim quando se
comemora o dia do grande Santo, a grande missa das 10 horas celebrada pelo
Cardeal. Assim será mais uma vez, mas diferentemente da Lavagem quando uma
multidão eufórica toma praticamente metade da cidade, apenas uma centena de
fiéis ocupa os espaços internos do templo. É o que prefere a igreja.
Missa no Bonfim
Poderia, no
entanto, celebrar uma grande missa a partir do adro em grande palco com os
fieis tomando as dependências da praça. É o que se recomenda hoje em dia,
bastando ver as “bênçãos” do papa aos domingos no Vaticano. Ele próprio
comentou: “como tem gente nesta praça”. Gente de todo o mundo.
É o que
precisa acontecer aos domingos de Bonfim. “Como tem gente nesta praça do Senhor
do Bonfim”.Gente de todo o Brasil!
Vaticano
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