quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O BOMBARDEIO DE SALVADOR ONTEM E HOJE

Palácio Rio Branco com seu lado oeste parcialmente destruído (1912)

Noutro  dia deparamo-nos com a foto acima. É do Palácio Rio Branco na Praça Municipal de Salvador, ainda sem a grande cúpula que hoje ele ostenta e que lhe dá mais beleza arquitetônica, além dos aspectos de harmonização. Se fazia necessária a reforma. Era muito sério e se tornou triste após o seu bombardeio em 10 de janeiro de 1912.

 O ocorrido está completando 102 anos amanhã. Os políticos daquela época estavam se guerreando pelo poder. Gente muita conhecida de todos nós como Ruy Barbosa, Otávio Mangabeira, Luiz Vianna, Severino Vieira, Joaquim José Seabra e até o General Hermes da Fonseca. Todo mundo queria o poder e ninguém se entendia

Rapidamente, desde que o episódio é por demais insólito, o então Governador Araujo Pinho pede renuncia; deveria assumir o cargo o seu sucessor natural o Presidente do Senado Estadual o padre Manuel Leôncio Galvão, mas este não o quis alegando questões de saúde. Isto abriu caminho para o Presidente da Câmara, Aurélio Rodrigues Viana, assumir o posto. Foi o que fez, contudo as forças oposicionistas lideradas por Luiz Viana e J.J. Seabra, não concordaram e pediram intervenção federal.

Não deu outra: o General Sotero de Menezes, da Sétima Região Militar mandou um aviso ao governador que dentro de uma hora (simples 60 minutos) bombardearia a cidade e foi o que fez. Às 14 horas teve inicio o bombardeio oriundo do Forte São Marcelo, São Pedro e  Barbalho.Vinte tiros atingiram a sede do governo,  a Biblioteca Pública e diversos prédios nas proximidades. Instalou-se o caos com a população saqueando os prédios e enfrentando tanto as forças federais como as estaduais, dependendo de que lado estivesse.

Forte de São Marcelo

Interessante! Este acontecimento nos veio a mente durante a queima de fogos do último réveillon. Os fogos partiam do cais sul do Porto de Salvador. Vez em quando um daqueles petardos mais fortes iluminavam o Forte São Marcelo e dava para ver os seus contornos, mas estávamos em outros tempos e reinava paz, alegria e respeito entre todos os baianos.



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