Quando se construiu o atual passeio do Porto da Barra e até mesmo parte da Avenida Oceânica entre o Farol e o Cristo, substituindo as pedras portuguesas por cimento e granito, foi um "Deus nos acuda", inclusive com a realização de um plebiscito entre os moradores sobre o que achavam melhor. Ganhou a proposta do novo passeio de granito e cimento.
Contudo, a palavra final foi dada pelo Instituto Histórico que opinou que a mudança do passeio nada tinha a haver com o histórico do local. Completou: fosse a balaustrada, aí sim haveria problema, desde que ela é uma peça que faz parte da história de Salvador, ou seja, desde o principio do século passado, (mesmo um pouco antes) esse equipamento decorou diversos lugares de nossa capital, principalmente as praias.
Logo, as nossas balaustradas são algo como que sagrado. Sem elas os lugares ficariam como que faltando algo e perderiam sua beleza, inclusive o Bonfim que também ostenta uma linda balaustrada que vai da ladeira até onde fica a igreja.
A colocação de balaustradas na Barra começou por volta de 1912/16 quando das grandes reformas que a nossa cidade sofreu.durante o governo de J.J. Seabra. Há quem diga que ela é do principio daquele século ou até antes.
Calçamento da Avenida Oceânica - Colocação de Postes de iluminação e a balaustrada já estava delimitando os espaços - Por volta de 1912.
Não dá para ver com nitidez o modelo da balaustrada, entretanto, percebe-se que não tem pilares. Deve ter sido este:
Recortada
E é justamente esse modelo que está sendo usado em toda a extensão da nova avenida, absolutamente coerente com o que havia antes no mesmo local.
Nova Barra
Enquanto isto, não se entende porquê o trecho que vai do Farol até o Porto da Barra existe outro modelo de balaustrada, ou seja, com pilares na sua formação. Vejam:
Espaço entre o Farol e o Forte Santa Maria - Balaustrada com pilares
Até o Porto é assim.
Não seria uma discrepância? Até um certo ponto (Farol) balaustradas sem pilares e a partir daí balaustradas com pilares? Ou é interessante essa variação? Temos a impressão que irão permanecer os dois modelos. Se, por acaso, optarem por uma uniformidade, claro que a Prefeitura vai optar pelo modelo que está sendo feito na Barra. Dizem, inclusive , porque é mais resistente e menos caro.
Noutra linha de reciocínio, alguns opinam que se houvar uma uniformização o modo com pilares (o do Porto) deveria ser escolhido porquê é anterior ao da avenida, sem esquecer ainda que a cidade começou nesse local quando chamava-se Vila Velha ou Vila do Pereira, primeiro donatário de Salvador que aqui chegou em 1936, treze anos antes de Tomé de Souza que só aportou na Barra em 1549.
Praia do Porto já de balaustrada com pilares faz muito tempo- Ainda no tempo dos oitizeiros.
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