Fomos cerca de quatro ou
cinco vezes à Fortaleza e em apenas uma delas podemos comer lagosta em um dos
seus restaurantes. Nas outras ocasiões, obedecia-se a Lei do Defeso da Lagosta.
Ninguém podia pescar o saboroso crustáceo ou vendê-lo nos restaurantes.
Finalidade: preservação da espécie.
Aqui em Salvador não temos
conhecimento em nenhuma época da prática dessa lei. Por exemplo, os Tainheiros
era um viveiro de tainhas e este peixe era pescado todos os dias do ano e se seu extermínio não se desse com a prática
abusiva da pesca, dar-se-ia mais tarde com a invasão dos Alagados, tomando grande parte
da grande enseada e do que ela possuía de bio-diversidade em prol dos peixes e crustáceos que
existiam no local: os manguezais e grande extensão de enseada.
Outro exemplo impressionante
é a pesca do siri-boia. Tínhamos os maiores siris-boia do Brasil e hoje esta espécie
talvez seja menor que um siri puã ou caxangá. Como se sabe, existiam siris-boia de quase meio metro de ponta a
ponta de suas garras abertas. O casco tinha quase um palmo de extensão. Moradores e
pescadores antigos poderão comprovar.
Siri Caxangá
Siris-boia já cozidos
Hoje, não passam de meros 25
centímetros e já não é aquela atração que motivou a abertura na Pedra Furada de
restaurantes especializados em siris-boia. Dona Maria do “Restaurante Tia Maria”
que o diga.
Restaurante Tia Maria - Tem sempre siri-boia
Outro grande pecado contra o siri-boia é a captura das fêmeas e até sua negociação. A foto adiante foi tirada na Penha onde existe uma colônia de pescadores:
Muitas fêmeas num tabuleiro de vendas de siri na Penha em Itapagipe - Muitos ainda pequenos, outros com ovas.
Para finalizar postamos uma foto do maior siri do mundo. Ele tem uma envergadura de 3 metros:
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