domingo, 26 de junho de 2011

SAÚDE

De certo modo causou surpresa o quanto é antigo o conjunto do Largo da Palma, algo em torno de 1630, quando foi erguida uma pequena capela (edícula) no local, fruto de uma promessa do alferes Bernardo da Cruz Arrais.
Antes, contudo, em 1624 já há referencias da Palma feita por Afrânio Peixoto de que “um dos outeiros da Bahia era o Monte das Palmas, onde se fizeram, em 1624, trincheiras contra os holandeses invasores”.

Maior surpresa, contudo, tivemos com a Saúde em Nazaré com a constatação de prédios centenários em suas ruas, bem como a igreja ali localizada denominada “Igreja de Nossa Senhora da Saúde e Glória”.




A surpresa se configura maior porque a verdadeira Saúde, principalmente o seu largo, fica bem à dentro das ruas que lhe dão acesso, principalmente a Rua Jogo do Carneiro que tem inicio na parte de cima com a Avenida Joana Angélica e pela parte de baixo com a Avenida Presidente Castelo Branco que se aproxima do Dique do Tororó.


Tanto de um lado como do outro, não se imagina a existência de uma preciosidade arquitetônica do século XVI, ainda mal cuidada, desde que o governo tratou primeiro do Pelourinho, do outro lado da Avenida Dr. J. Seabra. (Não há ligação direta da Saúde com o Pelourinho).
A expansão da cidade via leste, no caso pela Saúde, tem a mesma origem nas atividades exercidas no antigo Rio das Tripas, hoje Baixa dos Sapateiros, atividades essas de hortas, pomares e pequeno pastoril. Em conseqüência, fizeram-se a Palma e Santana, em razão da necessidade de moradia para seus trabalhadores e senhores proprietários de terras, bem assim os padres, proprietários da alma com a construção de suas igrejas e conventos.

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