Na postagem anterior “descemos” o Pelourinho; a cidade “crescia” para esses lados; alcança a Baixa dos Sapateiros, a verdadeira Baixa dos Sapateiros que não é outra senão a conhecida Taboão, possivelmente, o primeiro centro comercial da nova cidade; mais abaixo, situa-se o Pilar, grande centro atacadista e seus trapiches, municiados pelo Cais do Ouro.
Esse blog já tratou dessa área há dois anos, e para que se possa entender melhor este processo de crescimento da Cidade de Salvador, vamos nos reportar à reportagem sobre a Baixa dos Sapateiros. Escreviamos: pouca gente se dá conta de quanto deve ser antiga a Ladeira do Taboão. Seu inicio dá-se na confluência entre a Ladeira do Pelourinho e a Ladeira do Carmo, recantos dos mais antigos. Nas proximidades, começou a cidade. Ai expusemos a foto abaixo da atual Ladeira do Pelourinho:
Esse blog já tratou dessa área há dois anos, e para que se possa entender melhor este processo de crescimento da Cidade de Salvador, vamos nos reportar à reportagem sobre a Baixa dos Sapateiros. Escreviamos: pouca gente se dá conta de quanto deve ser antiga a Ladeira do Taboão. Seu inicio dá-se na confluência entre a Ladeira do Pelourinho e a Ladeira do Carmo, recantos dos mais antigos. Nas proximidades, começou a cidade. Ai expusemos a foto abaixo da atual Ladeira do Pelourinho:
Dizíamos: Ao seu final tem inicio a Rua ou Ladeira do Taboão. Em frente, de subida, a Ladeira do Carmo.
Como se sabe, as construções no Pelourinho são muito antigas. As primeiras da Bahia de antigamente. Em conseqüência, as pessoas que habitavam essa área e outras tantas que passavam por ela, na busca incessante de víveres para a sobrevivência, teriam se servido dessa descida para alcançar a Cidade Bahia.
E o faziam justamente descendo esta ladeira e pegando outra – Ladeira do Taboão- exatamente a nossa verdadeira Baixa dos Sapateiros. Completavam o percurso pelo chamado Caminho Novo do Taboão, que não é outro senão a Ladeira do Pilar, onde se concentravam os trapiches, principais casas de negócios daqueles tempos. Lá ficava o famoso Cais do Ouro ou Cais Dourado.
Reparem a simetria dos prédios। Quase todos da mesma altura। Vejamos um comentário super significativo sobre a mesma: “Ao caminhar devagar pelas ruas, antes de chegar ao antigo elevador, é possível apreciar o visual dos prédios com suas fachadas em estilo art déco, com altura média de quatro a seis andares. O que impressiona é a simetria. Parecem miniaturas do legendário Empire State Building, de Nova Iorque, o maior exemplo desse estilo em todo o mundo”.
(atual Praça Marechal Deodoro)
Observávamos naquela ocasião sobre a Ladeira do Taboão: Era aqui a verdadeira Baixa dos Sapateiros! A versão de que a Avenida J.J. Seabra ganhou o nome de Baixa dos Sapateiros em razão da instalação de uma fábrica de sapatos por imigrantes italianos, não se sustenta. Eram muitos os sapateiros instalados no Taboão. Ainda existem alguns. Prova disto é que o comércio ainda hoje é muito inclinado para artigos de couro e suas variantes modernas de plástico, caracterizando suas origens.Completávamos: Por outro lado, a hoje Avenida José Joaquim Seabra, ainda não existia. No local passava o Rio das Tripas ou Camurugipe. Somente no final do século XIX foi feita uma drenagem e o rio foi tubulado a uma profundidade de 7 metros. Há notícias que no século XVIII o local reunia inúmeras hortas, daí a denominação de Rua das Hortas, como era chamado o local. Também o chamaram de Rua da Vala, por abrigar uma grande vala por onde desaguava o Rio das Tripas. Nada de Baixa de Sapateiros! A verdadeira fervilhava há muito tempo numa transversal da Rua da Vala, em direção aos Bairros do Comércio e do Pilar. A nossa hoje Ladeira do Taboão.
Há de se reparar na parte superior do mapa o nosso conhecido Rio das Tripas, afluente do Camurugipe, onde hoje se acha a Avenida J.J. Seabra. Era assim a Salvador de 1550.
As duas setas azuis sinalizam o seu percurso.
Há notícias que no século XVIII o local reunia inúmeras hortas, daí a denominação de Rua das Hortas, como era chamado o local. Também o chamaram de Rua da Vala, por abrigar uma grande vala por onde desaguava o Rio das Tripas. Nada de Baixa de Sapateiros! A verdadeira fervilhava há muito tempo numa transversal da Rua da Vala, em direção aos Bairros do Comércio e do Pilar. A nossa hoje Ladeira do Taboão.
As duas setas azuis sinalizam o seu percurso.
Há notícias que no século XVIII o local reunia inúmeras hortas, daí a denominação de Rua das Hortas, como era chamado o local. Também o chamaram de Rua da Vala, por abrigar uma grande vala por onde desaguava o Rio das Tripas. Nada de Baixa de Sapateiros! A verdadeira fervilhava há muito tempo numa transversal da Rua da Vala, em direção aos Bairros do Comércio e do Pilar. A nossa hoje Ladeira do Taboão.
Ladeira do Taboão -Princípio do Século XX
Reparem a simetria dos prédios। Quase todos da mesma altura. Vejamos um comentário super significativo sobre a mesma:
“Ao caminhar devagar pelas ruas, antes de chegar ao antigo elevador, é possível apreciar o visual dos prédios com suas fachadas em estilo art déco, com altura média de quatro a seis andares. O que impressiona é a simetria. Parecem miniaturas do legendário Empire State Building, de Nova Iorque, o maior exemplo desse estilo em todo o mundo”.
Prédios da verdadeira Baixa dos Sapateiros।
Belíssimo.
Ary Barroso - O homem da gaita
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