Muito se tem
discutido sobre a ponte que ligaria Salvador à Itaparica e um dos maiores
inconvenientes dessa obra é o canal por onde passam os grandes navios que
chegam à nossa capital, bem como os navios de guerra que circulam entrando ou
saindo da Base Naval de Aratu e as grandes plataformas marítimas da Petrobras.
Por essa
razão, ela terá que ter uma parte móvel no canal ao centro da travessia para
permitir a circulação dos referidos navios.
Justamente
por esta razão o custo da obra encarece sobremaneira.
Mas existe
uma solução absolutamente viável e estranhamos que ninguém – as construtoras
principalmente – tenham pensado nisto.
O que seja?
Uma ponte-túnel.
Isto mesmo. Parte ponte e parte túnel. Ponte nas extremidades, tanto em
Salvador quanto em Itaparica e túnel na extensão do canal que existe entre as
duas localidades.
Além de
suprimir a parte móvel da ponte (caríssima), evita os embaraços que este
sistema possa causar ao longo do tempo (o mar está aí com sua maresia
destruidora), provoca uma diminuição acentuadíssima do seu custo, desde que se
poderá fazer uma ponte bem mais baixa (não é verdade?).
Mas isto não
existe. É uma idéia estapafúrdia, haverão de dizer alguns “interessados”. Existe e mostramos acima: a Ponte-Túnel Rio James, além de outras ao redor do mundo.
O leitor deve estar se perguntando:
existe um exemplo brasileiro? Sim. Um túnel passando por baixo da baía de
Vitória, ligando a capital a Vila Velha, que está sendo planejado pelo governo
do Espírito Santo (ES). Dependendo das dimensões, um túnel pode custar entre R$
98 mil e R$ 117 mil o metro.
"O túnel submerso, ou pré-moldado, tem
vantagens relevantes frente à ponte. A primeira delas é a facilidade de ir e
vir que o túnel traz. A ponte teria de ter cerca de 80 metros de altura para
permitir a circulação dos navios. Isso sem contar a base da Petrobras que está
sendo montada por conta do pré-sal, o que exigiria uma ponte ainda mais alta”,
conta Hugo Rocha. “Para que um veículo acesse uma ponte desta altura, é
necessária a construção de alças de acesso de pelo menos cerca de um quilometro
e meio de cada lado. Seria um minhocão em cada uma das cidades”. Já no túnel
submerso, a alça de acesso, além de ser menor, é subterrânea. “Depois da
construção, a rampa é aterrada e urbanizada”, explica Tarcísio Celestino. “Ou
seja, a rampa fica embutida e ninguém vê, não havendo qualquer impacto na
paisagem urbana”.
Por último, vejamos quanto os nossos técnicos estão "imaginando" o custo de nossa ponte (só ponte):
Ficha Técnica
Investimentos: R$ 7 bilhões
Previsão de entrega: 2018
Responsáveis pela Obra: A definir
Situação atual: Foi publicado apenas no Diário Oficial do Estado o resultado do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), feito pela Planos Engenharia (Queiroz Galvão e Carlos Suarez Participações) e pelo consórcio das empresas OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht Transport.
Investimentos: R$ 7 bilhões
Previsão de entrega: 2018
Responsáveis pela Obra: A definir
Situação atual: Foi publicado apenas no Diário Oficial do Estado o resultado do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), feito pela Planos Engenharia (Queiroz Galvão e Carlos Suarez Participações) e pelo consórcio das empresas OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht Transport.
Só tem um jeito: chamar os chineses para a construção de nossa ponte que poderia ser "ponte-tunel", ainda mais barata.
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