terça-feira, 4 de junho de 2013

A VIDA ENTRE 1940 E 2013 - DEPOIMENTO


Quem hoje vive nas grandes e médias cidades é quase impossível viver sem um celular. Verdade que ainda tem determinadas pessoas que se dizem contra o seu uso, mas seus argumentos são absolutamente inconsistentes. Quando assim agem, estão indo contra o que seja o poder de comunicação entre as pessoas e às necessidades da vida moderna. Nesse sentido, vale contar a história de pessoa de nossa relação que, saindo para jantar com alguns amigos em lugar longe de seu apartamento, lembrou-se ter deixado os janelões da varanda abertos. Ai começou a chover. – Deixei a janela do meu apartamento aberta, vai molhar tudo, inclusive o tapete da sala. Você podia me emprestar seu celular. Vou ligar para o meu filho. Ele mora no mesmo prédio e tem a chave do meu apartamento como também tenho o dele. Ligou. - Filho acho que deixei a janela da varanda aberta e começou a chover forte. Vai molhar tudo. Você poderia dar um pulo lá e fechá-la? Muito obrigado. – Não se preocupe pai. Vou subir agora. Em seguida devolveu o celular. Obrigado, não tolero celular, mas numa hora dessa tenho que usar essa coisa.
Essa e outras situação acontecem a todo o momento. Uma pane num caro à noite numa rua deserta longe de casa. Como ligar para o seguro? O local não tem nenhum telefone público. Há risco de assalto. O bairro é perigoso.
Mas vamos ser mais reais. Uma historia verdadeira com minha esposa. Saindo do Barbalho onde fora visitar a irmã, ao dirigir-se para a casa encontrou o acesso ao Dique via Barra fechado em razão das obras da Fonte Nova. Teve que pegar a Bonocô. Ao seu final, em vez de seguir à direita foi em frente e caiu na BR 324. Não tem jeito: têm-se que ir até a Brasil Gás e procurar o retorno. Não o encontrou. Foi parar em Dom Avelar às 9 horas da noite. Aí pareceu um anjo salvador. Uma família passava de carro pelo local e percebendo a aflição da minha esposa se prontificou a guiá-la até a Barra. Antes teve que parar num posto para abastecer o carro do rapaz que estava com pouca gasolina. Se tivesse com o celular que sempre esquece em casa, tão logo acessou a BR 324 teria ligado para casa para receber orientação. Correu sério risco de ser assaltada ou algo pior.
Visto isto, vamos imaginar uma época em que pouca gente tinha um telefone, mesmo em casa. Uma ligação suburbana levava um dia para ser completada. Tinha-se que ir ao Campo da Pólvora na sede da Tele Bahia. Custava uma nota. Quando melhorou a comunicação, mas ainda precária, a posse de um telefone fixo rodava pela casa dos cinco a dez mil reais atuais. Era uma riqueza.
De relação ao celular, só entre 1995 e 1996 passou a ser usado. Quem o tinha se mostrava, Era um orgulho!

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