domingo, 2 de junho de 2013

A VIDA ENTRE 1940 E 2013 - DEPOIMENTO


Naquele tempo pouca gente tinha carro. Andava-se de bonde. Era muito comum se vê um professor de uma Universidade, um médico, um advogado sentado junto ao mais humilde dos moradores do bairro.  Também era normal qualquer senhora da sociedade portar todas as suas joias. Não se tem conhecimento de nenhum assalto. Também andavam pelas ruas sem nenhum receio. Hoje em dia, estão levando até aliança. Comenta-se que os homens eram obrigados a usar paletó, gravata e chapéu. Não fui mais dessa época. Deve ter sido dos anos 1800 ao tempo das chamadas gôndolas ou diligências, puxadas a cavalo.


Agora, vejam esta foto. É um bonde lotado. Este é do Rio, mas em Salvador era a mesma coisa. Como o cobrador poderia fazer 100% da cobrança devida? Não tinha como, nem mesmo sendo malabarista. Em verdade, muita gente não pagava, inclusive aquele que o cobrador apontava e ele afirmava que “já havia pago” e a senhora ao lado confirmava, desde que ela também não tinha pago. Era muito comum.
Todos os bondes tinham uma numeração para orientação da população. Em Itapagipe o 18 era Ribeira via Luiz Tarquinio; o 19 Ribeira via Dendezeiros e o 20 Ribeira via Caminho de Areia. Todos, chegados ao Largo de Roma, se dirigiam pela Rua Barão de Cotegipe. A Av. dos Mares  (Fernandes da Cunha) nunca foi usada para bonde.
De relação aos ônibus somente em 1955 eles começaram a circular. Fez-se a Av. dos Mares e o Caminho de Areia foi calçado.
Um bonde em Salvador - Já bem velhinho

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