quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ARATU IATE CLUBE – UM GRANDE CLUBE SÓ DE IATES

Nesse périplo que estamos fazendo pela Baía de Todos os Santos que inunda de beleza toda a Cidade Baixa de Salvador, estivemos em Aratú e falamos da importância estratégica da Base Militar que ali existe; da importância econômica do seu Porto e de passagem, referimo-nos ao Aratu Iate Clube. Dissemos, na oportunidade, que era o clube de iate mais “vibrante” da Bahia em razão do seu calendário de regatas sempre muito intenso e concorrido. Não sabíamos, entretanto, que era um clube eminentemente técnico.

O que se quer dizer com isto? “Eminentemente técnico”. Passamos a esclarecer:

Qualquer pessoa que queira se filiar a este clube não pode fazê-lo simplesmente comprando uma ação, como é costume geral. É necessário também que ele possua um iate. Os dois têm que ser registrados para começar a valer a freqüência.

E tem que ser um iate, mesmo sendo ele pequeno? Não pode ser uma lanchona de grande potência e luxo extraordinário por dentro? Não pode, nem de falar. É um palavrão para o verdadeiro iatista.

Lembramo-nos de nosso pai. Era pertencente a este tipo de gente. Aos 80 anos ainda dirigia sozinho um catamarã parecido com este da foto.



Navegava com ele quase todos os dias nas águas internas de Cabuçu e Saubara। Certo dia, competindo com um amigo em outro catamarã de Itaparica para Saubara, teve um enfarte. Fez sinal para o parceiro, mas este não entendeu devido a distância que se encontravam. Deitou-se no iate com os pés segurando o leme e após longo percurso, “bicou” na praia de Cabuçú. Levantou-se e caiu de novo. Felizmente ainda não foi desta vez. Pegaram-no tonto e o levaram para Feira de Santana onde se recuperou. Disse-nos ele que preferia ter morrido naquela oportunidade. Morto se sentiu quando o médico o proibiu de voltar a velejar.



Pois bem, esse iatista de nome Manoel Gantois, era como são os iatistas do Aratu Iate Clube da Bahia। Não querem nem ouvir falar de lancha. Passam ao largo. Não querem sua presença junto aos seus iates. Tapam os ouvidos quando elas se aproximam aí pelos mares.




Pelo que se sente, precisamos falar mais do Aratu Iate Clube, um clube que poderia ser de nosso pai. Estava mais de acordo com seu perfil do que mesmo o belíssimo e extraordinário Yacht Clube da Bahia, do qual foi seu diretor de vela na gestão de Manços Chastinet.

Informa-nos o amigo Sérgio Netto, dono do Pinauna, um belíssimo catamarã do Aratu Iate Clube o que segue:

"É um clube de serviço, com 300 sócios, todos proprietários de embarcações. Nas origens aceitava lancha, hoje está restrito a veleiros, resguardados os direitos daqueles que tinham lancha quando da edição dos novos estatutos, em 2000. Sócio novo só com barco a vela. Do que conheço é o maior do Brasil em numero de veleiros, e se faz representar em eventos esportivos nacionais. Este ano mesmo os associados conquistaram o primeiro lugar em três classes na regata internacional Recife-Noronha; participamos da semana de vela de Ilhabela, em São Paulo; um sócio está no momento num cruzeiro de volta ao mundo, e um grupo de velejadores de cruzeiro costuma sair toda semana na quinta-feira retornando no domingo. Os casais jovens usam o veleiro como um meio de educar os filhos numa atividade saudável e competitiva. Os casais mais idosos usam o clube e o seu barco como um estilo de vida, no ambiente de confraternização de uma grande família. Ao invés de salão de festas o clube tem uma oficina equipada com ferramental (torno, prensa hidráulica, bigorna, compressor, furadeira profissional, esmeril) para uso dos associados, e conta com prestadores de serviço e lojas de material náutico nas instalações do clube. Tem um grande pátio de serviço onde os veleiros podem ser docados para serviço em seco, com acesso por uma rampa de concreto. A gestão do clube é feita por um conselho deliberativo eleito em assembléia geral, o qual define a filosofia e as prioridades, e escolhe a cada dois anos uma diretoria executiva e um comodoro que representa a entidade. Recebemos visitantes de todo o mundo e temos convenio de reciprocidade por todo o continente.
Para quem chega ao clube pelo mar as instalações oferecem tudo o que o velejador precisa: banheiro limpo com água quente, restaurante de boa qualidade, acesso a terra com serviço de secretaria para desembaraço, acesso a internet wireless, telefone publico, lojas para reabastecimento, água e combustível, serviço de segurança e vigilância 24 horas por dia. Durante a semana o restaurante é aberto ao publico para almoço. É um ambiente agradável e de paz, num porto de aguas quentes protegido para todos os ventos".




Fundado em 5 de outubro de 1961
Rodovia Paripe Cia, Km 2,5 Ilha de São João
Simões Filho - Bahia
CEP - 43700-000


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