Seria Salvador uma cidade bem arborizada? Qual é a opinião de nosso caríssimo leitor?
Talvez o morador do Corredor da Vitória e os poucos residentes no Pilar, tenham uma
opinião bem favorável e, efetivamente, esses locais são bem arborizados conforme
se pode ver nas fotos adiante:
Pelo que se nota acima, são árvores remanescentes de tantas outras da mesma espécie que existiam no lugar e que, por falta de manutenção e maus tratos pela população, deixaram de existir.
No geral,
contudo, Salvador é uma das capitais de pior arborização ( Fica apenas na frente de Belém (!), Manaus (!), Brasília e São Luiz. ) Perde
para as demais, como sejam:
Salvador
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40,0
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São Luis
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32,7
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Belém
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22,4
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Manaus
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25,1
| ||||||||||
Brasília
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37,2
| ||||||||||
As melhores
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As melhores:
Campinas
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88,4
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Belo Horizonte
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83,0
| |||
Porto Akegre
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83,0
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Curitiba
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76,4
| |||
Salvador
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40,0
|
(!) Incrível como Belém e Manaus, capitais da Amazônia,
a maior floresta do mundo, estejam situadas entre as piores.
(!) Também incrível a diferença de pontuação entre as primeiras colocadas e Salvador- 100%.
A observação
acima (!) de relação à Belém e Manaus, comprova que a questão da arborização de uma cidade não depende da
proximidade (facilidade) com sistemas florestais. Tudo é uma questão de
política ambiental, de projetos sérios nesse mister. Há muito tempo Salvador
peca nesse sentido. O que ela tinha no principio do século XX até sua metade, foi destruído, principalmente na Cidade Baixa: foram os casos da Praça Cairu; dos dendezeiros do Bonfim e dos oitizeiros da Ribeira.
Mas que importância
tem uma boa arborização? –perguntariam alguns.
Tem muita.
Quem responde são os técnicos no assunto. Dizem eles:
“Nas grandes cidades, elas
ajudam a colorir e alegrar a paisagem cinzenta; nos campos cumpre o seu papel
como elemento fundamental para o equilíbrio das espécies; em projetos
paisagísticos é um fator decisivo na definição de espaços: em todos os locais
as árvores colaboram não só acrescentando beleza, como também participando de
maneira decisiva para a preservação de pássaros e na purificação do ar que
respiramos.”
“Essa troca entre árvore e observador tem em
Bachelard (1957) a interpretação da busca do engrandecimento da alma,
enriquecido pelos dois interiores: da árvore e daquele que a aprecia, afinal a
árvore se engrandece a partir de nossos sonhos e imaginação e, da relação humano-árvores".
E em não
sendo Salvador uma cidade bem arborizada só nos resta mostrar suas poucas
árvores dentro de um contexto quase folclórico, próprio de nossa capital. São casos isolados:
ALAGADOS
Leitura opcional: A
canoa “Ilha de Maré” reapareceu na Ilha disputando uma regata.
PRÓLOGO
A "Ilha de Maré" fora colocada
sobre cavaletes num canto da praia e fora feita uma cobertura de palha de
coqueiro para evitar o sol. Suas velas foram substituídas por algo melhor,
naturalmente dentro das mesmas dimensões das anteriores e fora feita uma nova
pintura. Ficou um brinco e em dia aprazado os dois amigos saíram a navegar em
direção aos Alagados. Levavam uma tarrafa, emprestada pelo velho Ju. Se vissem
algum peixe, iriam tarrafear. Dirigiam-se
como se fossem ao passado, mas as águas não eram as mesmas de antes.
Sobremaneira turvas e quietas sem o balançar dos peixes em cardumes.
Alcançaram o centro da enseada por volta das nove horas. Arriaram as velas e
Cal se posicionou na proa da embarcação com a tarrafa em posição de arremesso.
Bel jogou a 5 metros da canoa, pedaços de pão para atrair os peixes. A superfície da água começou a tremer. Estavam
a comer. Cal envolveu aquele lugar com a grande tarrafa e iniciou o
recolhimento. Presos às malhas dezenas de baiacus se debatiam. Julgavam que
fossem tainhas como antigamente. Agora era aquele peixe venenoso. Só poderia
ser ele em meio àquela água turva e nojenta. Retornaram ao mar o resultado
daquela pescaria. Içaram as velas e voltaram à ilha. No dia seguinte,
devolveram aos médicos a “ Ilha de Maré”.
Fim
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