O historiador Cid Teixeira referindo-se à Estrada
Rainha disse certa feita o seguinte: “Não
passou rainha nenhuma. A que você chama de Estrada da Rainha, o entroncamento
da São José de Cima com a Baixa das Quintas dos Lázaros, que chama-se rua da
Estrada da Rainha porque ela foi aberta durante o reinado de Dona Maria I,
“Maria, a louca”, Maria, a mãe de Dom João VI, por isso que homenagearam ela
dando o nome de Estrada da Rainha à aquela rua, mas não passou rainha nenhuma”.
O mesmo se poderá dizer de relação à Rua da Imperatriz na Cidade
Baixa? Talvez! “não passou nenhuma imperatriz” por ali.
Referimo-nos à rua que liga o Largo da Boa Viagem ao Bonfim.
Deve ter sido uma homenagem a uma das imperatrizes do Brasil, mas
uma delas há que se destacar: Tereza Cristina de Bourbon ou D. Tereza de Duas
Sicílias.
Sem ter nascido no Brasil, mas o
amando como se fosse sua Pátria, Dona Teresa Cristina amou seu povo, o povo
brasileiro.
Imperatriz Tereza Cristina
"Filha obedientíssima, esposa
devotada, mãe esmerada e avó carinhosa. Quatro dos papéis familiares que Dona
Teresa Cristina teve de desenvolver, além é claro daqueles já conhecidos outros
que a providência Divina a encarregou, como o de Princesa das Duas-Sicílias e
Imperatriz do distante Império do Brasil.
Teresa
Cristina Maria Giuseppa Gasparre Baltassarre Melchiore Gennara Rosalia Lucia
Francesca d'Assisi Elisabetta Francesca di Padova Donata Bonosa Andrea
d'Avelino Rita Liutgarda Geltruda Venancia Taddea Spiridione Rocca Matilde di
Bragança e Borbone, nasceu Princesa das Duas-Sicílias e por casamento com Dom
Pedro II, tornou-se Imperatriz Consorte do Brasil. Filha do Rei Francisco I das
Duas-Sícilias, a 3º Imperatriz do Brasil era dotada de um grande senso de
cordialidade e de educação refinada. Possuía entre seus dotes pessoais uma
consonância invejável com seu marido: eram os dois amantes da cultura e das
artes. Tal consonância favoreceu o amor que os Imperadores acabariam por sentir
um pelo outro, um casamento duradouro que formou dois belos exemplos de
patriotismo e dignidade do povo do Brasil: Dona Isabel e Dona Leopoldina.
O amor de Dona Teresa Cristina
pelas artes o acompanhou até mesmo na viagem de vinda para o Brasil, onde trouxe
consigo muitos músicos, pintores, professores, botânicos, estudiosos e
pesquisadores. Na mesma constância vieram do Reino das Duas-Sicílias, a seu
pedido, obras que enriqueceram artística e cientificamente a vida na Corte e o
país como um todo, foram enviadas por Fernando II, irmão da Imperatriz, obras
recuperadas minuciosamente das cidades de Herculano e Pompéia, completando um
acervo ricamente composto por ela.
Dona Teresa Cristina tomou para si
a Pátria Brasileira. Assim como o Imperador, era apaixonada pelo país que
adotou como seu. Gostava, desde os dias mais movimentados no Palácio de São
Cristóvão, até os dias mais calmos e descansados no Palácio Imperial de
Petrópolis. Se Dona Teresa Cristina adotou o Brasil, os Brasileiros a adotaram
e passaram a amá-la e admirá-la, pela calma e semblante sereno que carregava
sempre consigo. Foi homenageada com os nomes de muitas cidades Brasileiras como
Santo Amaro da Imperatriz (Santa Catarina), Teresina (Piauí), Cristina (Minas
Gerais), Imperatriz (Maranhão) e Teresópolis (Rio de Janeiro).
Porem
a fatídica data de 15 de novembro de 1889 chegara e por fim ao Império do
Brasil, embarcando sorrateiramente na madrugada do dia posterior sob o comando
dos golpistas, a Família Imperial Brasileira, o que gerou muito mal estar entre
a Imperatriz e o restante da Família, disse ela ao Embaixador da Áustria: “Que
fizemos para sermos tratados como criminosos?”. Embarcaram para Portugal, onde
permaneceram por pouco tempo, mas o suficiente para o pior ocorrer, ali mesmo
em Portugal, precisamente na Cidade do Porto, em um hotel humilde, a Imperatriz
do Brasil passou mal, não atendendo nem mais aos tratamentos médicos, morreu
dizendo: “Brasil, terra abençoada que nunca mais verei”. De fato morreu sem ter
voltado ao Brasil e seus descendentes, infelizmente, em 120 anos de república,
não conseguiram retornar ao poder.
A
Imperatriz foi sepultada no Panteão de São Vicente de Fora, de onde saiu
honrosamente para ser translada para o Mausoléu Imperial da Catedral de
Petrópolis, onde jaz serenamente ao lado de seu marido, o Imperador Dom Pedro
II, no solo brasileiro que tanto amou e onde tanto foi amada."
Agora dizemos nos: Tomara que seja verdade. A Rua da Imperatriz teria sido em
homenagem a esta mulher.
As imperatrizes do Brasil:
Como que consumando o que foi dito acima, de que efetivamente nunca passou nenhuma rainha na Rua da Imperatriz. hoje temos uma prova como que contundente sobre o assunto, qual seja, ao tempo dessa rainha não existia a Rua da Imperatriz. Mas como? Vamos aos fatos:
Acaba de chegar ao nosso conhecimento uma foto dessa área que põe abaixo a dúvida. Vejamo-la:
Esta foto é da chamada Baixa do Bonfim. Um bonde circula na área. À direita vemos o Solar do Marback no principio da Ladeira do Bonfim com sua balaustrada pintada de branco.À direita do solar, hoje em dia, começa ou termina a Rua da Imperatriz,, no entanto nessa foto a abertura da mesma está ocupada por um prédio de dois andares.
Fizemos um "zoom" desta imagem e o resultado é o seguinte:
Acaba de chegar ao nosso conhecimento uma foto dessa área que põe abaixo a dúvida. Vejamo-la:
Esta foto é da chamada Baixa do Bonfim. Um bonde circula na área. À direita vemos o Solar do Marback no principio da Ladeira do Bonfim com sua balaustrada pintada de branco.À direita do solar, hoje em dia, começa ou termina a Rua da Imperatriz,, no entanto nessa foto a abertura da mesma está ocupada por um prédio de dois andares.
Fizemos um "zoom" desta imagem e o resultado é o seguinte:
Parece confirmar!
Após vamos mostrar a área nos tempos atuais:
Parece tirar qualquer dúvida. Reparem a curva do passeio que é inexistente na foto antiga
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