Até então andamos pela orla
da península desde o Porto dos Tainheiros, Ribeira, Penha, Bugari, Poço, Av.
Beira Mar, Praças Divna e Dôdo e Osmar e o tradicional Porto da Lenha.
Claro que a península tem a
sua parte interna com suas transversais, grandes largos e mesmo movimentadas avenidas
onde corre o tráfego pesado hoje de ônibus e carros e ontem de bondes.
Somos das duas épocas. Talvez
seja um privilégio. Não queremos fazer nossas próprias loas, mas é a verdade.
Estávamos rondando a Praça
Divina e tocando o pau na sua péssima estrutura, na sua feiura hoje aumentada
com a Praça Dodô e Osmar, ainda mais feia, pecaminosamente feia, desde que é um
pecado mesmo, não terem aproveitado este espaço para fazer uma coisa belíssima.
Inicialmente, subimos a
Ladeira do Custódio.
Ladeira do Custódio |
Quem foi Custódio? Temos a
impressão que Custódio foi um cabeleireiro que tinha o seu salão na base da
ladeira, à direita. Ainda menino, cortávamos o cabelo com ele.
A Ladeira do Custódio desemboca
na Travessa de Dentro, perto da Baixada do Bonfim. Porque de Dentro? Porque tem
outra que se chama Travessa de Fora. Coisas de antigamente, bem provincianas.
Travessa de Dentro |
Essa Travessa de Dentro
termina na confluência da Rua Visconde de Caravelas – a do tráfego pesado e o Largo
do Papagaio.
Largo do Papagaio |
Outro nome curioso.
Papagaio. Há diversas versões sobre a origem desse nome, algumas estapafúrdias.
Em postagem específica sobre o mesmo, declinamos todas elas, mas só uma tem
consistência: quando esse local ainda era um charco, os papagaios faziam a
festa.
Na continuação a Rua Visconde de Caravelas chegamos ao Largo da Madragoa:
Largo da Madragoa |
Madragoa em tupi-guarani significa
“viveiros de caranguejos”, sinal que o mangue do Porto dos Mastros chegava até
ali. Há, entretanto, quem afirme que o nome Madragoa surgiu da existência no
local de um caranguejo chamado “madragol”
Como se vê, ambas as referências estão ligadas ao saboroso crustáceo que,
infelizmente, não existe mais em Salvador. Os que as casas especializadas
fornecem ao público, estão vindo do Pará, de avião, desde que, até mesmo os
provenientes de Aracaju estão escassos. Se os sergipanos deixarem, acaba também
os de lá. Aqui tem mais consumidores.
Da Madragoa seguimos pela Rua Lélis Piedade.
Rua Lélis Piedade |
A rua Lélis Piedade liga a Madragoa à
rua Júlio David que, por sua vez desemboca no Porto dos Tainheiros. Na esquina
entre essas duas ruas acha-se a bela Igreja do Rosário em estilo neo-gótico,
pelo menos sua fachada.
Igreja do Rosário |
Rua Júlio David |
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