Como se viu nas fotos anteriores, a Avenida
Beira Mar termina na hoje denominada Praça Divina. Anteriormente, aí pelos idos
de 1940/50 era conhecida como Porto do Bonfim. Era Porto
de saveiros que vinham do recôncavo para abastecer a feira que funcionava no
local nos fins de semana e era Bonfim,
desde que próximo à Igreja do Senhor do Bonfim.
Nos dias de hoje o local é denominado Praça Divina, que de divina não tem nada. (apenas a proximidade com
o Santo da Bahia) Tiveram uma grande oportunidade de fazer algo belo quando
conseguiram demolir a fábrica Barreto de Araujo ao lado e iniciaram a
construção da hoje Praça Dodô e Osmar.
PRAÇA DIVINA |
É aquela chance de gol perdida do atacante, em baixo
das traves – apenas ele, a bola e as traves. Chuta para fora. Como é que conseguiu?!
Sob nenhuma hipótese, ao construírem a Praça Dodô e Osmar,
não poderiam esquecer da outra ao lado. Teria que haver uma integração das
duas. Certamente que o arquiteto que a
projetou nunca jogou um baba numa praia, principalmente numa praia de Itapagipe
com o sol no pico das 11 horas, quase meio dia. Mesmo assim a areia não esquenta, desde que
sempre úmida e quando o “ praeiro” se cansa atira-se no mar ao lado.
No caso dos fictícios campos da
referida praça, a areia que ali está, deve pelar
os pés dos jogadores e não tem o mar para mergulhar, enquanto descansa
da perseguição à bola ou ao adversário.
Praça Dodô e Osmar |
Outra coisa que o referido
arquiteto se esqueceu, foi de relação à
permanência das pessoas na referida
praça. Praticamente, não tem onde se sentar e como as poucas árvores plantadas
ainda estão pequenas, a permanência, diríamos a fixação do homem, da mulher e
da criança nessa praça fica difícil. Não tem bar; não tem cadeira; não tem
mesa, não tem nada. A Praça Divina também é carente. Não tem para ninguém.
Possivelmente irão argumentar que
esta é a filosofia do malandro de itapagipe. Parece que sim! É um lugar para
descontrair e não para se torrar ao sol.
Mudaram o nome da praça de Porto do Bonfim para Divina, mas a ladeira continua a se chamar Ladeira do Porto do Bonfim. Mais do que uma prova.
Rua Santa Fé. Pelo amor de Deus. Como mudaram o nome da praça de Porto do Bonfim para Praça Divina, acharam por bem mudar o nome dessa rua que era conhecida como Rua do Porto da Lenha, para Rua Santa Fé. Não diria horrível para não cometer um pecado, mas convenhamos que é de muito mal gosto.
Para todos os efeitos porém, estamos no Porto da Lenha mesmo. Aqui aportavam os saveiros vindos das ilhas e do Recôncavo, trazendo a lenha para aquecimento dos lares de Salvador. Isto nos tempos do fogão à lenha, do ferro de gomar à carvão, etc.etc. "Velhos tempos, belos dias..." (Roberto Carlos).
Se lá na Praça Divina, junto com a Praça Dodô e Osmar não tem bar, aqui tem muitos. Só que o acesso é difícil e praticamente não tem estacionamento.
Ladeira da Lenha
|
Conta-se que ao tempo dos escravos, quando os mesmos subiam essa ladeira carregando lenha nos ombros, eles comentavam entre si: "essa ladeira é uma lenha".
Efetivamente, é uma ladeira bastante íngreme. Só é superada pela Ladeira da Lapinha.
Casario do Porto da Lenha |
Hoje está totalmente desfiguerado. Era uma casa enorme e tinha uma garagem para as lanchas da família. Naquela época quando ninguém tinha lancha em Salvador, os Ravazanos desfilavam com as importadas. Não sabemos como traziam.
Há de se reparar que a porta à esquerda está a um metro do asfalto. Não era para ninguém entrar. Tinha essa altura para facilitar a entrada das lanchas sobre carretas.
Há de se reparar que a porta à esquerda está a um metro do asfalto. Não era para ninguém entrar. Tinha essa altura para facilitar a entrada das lanchas sobre carretas.
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